terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Se os animais comessem McDonalds...



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Bebidas alcoólicas para maiores de 16 anos: Nada de novo...

O Governo tinha anunciado o aumento para os 18 anos da proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas. Afinal, é só para as bebidas espirituosas, mantendo-se nos 16 anos a idade mínima legal para a compra de vinho e cerveja, a bebida mais consumida nestas faixas etárias.
Portanto: um shot é proibido, mas uma litrada de cerveja, toca de a beber, jovem de 16 anos!
Eu sei que não vale a pena ter leis proibicionistas, que quem quiser beber, vai conseguir fazê-lo. Nada a fazer.
O que me irrita foi ter andado a ouvir o secretário de Estado Leal da Costa a gritar aos sete ventos como era importante e saudável mudar a lei e que tinha de ser, tinha de ser, tinha de aumentar a idade para os 18 anos... E, aparentemente pressionado pela Associação de Produtores de Cerveja e pelo seu presidente Pires de Lima, que é também presidente do conselho nacional do CDS-PP, a montanha pariu um rato. Ou seja, a lei mantém os 16 anos para as bebidas que os jovens mais consomem - a cerveja - e aumenta-se para os 18 o acesso a bebidas espirituosas. De notar, que o vinho e a cerveja também têm álcool, tal como as bebidas espirituosas...
Enfim, o importante é que a indústria não feche, nem crie mais desemprego, queremos lá saber dos miúdos que bebem até cair... Esses, que os pais tomem conta deles e não os deixem sair à rua! A verdade é que eles não bebem só de madrugada, na D. Carlos I, em Lisboa; mas bebem durante o dia. Quantas vezes os vejo, nos supermercados, junto às escolas, a comprar litradas de cerveja à hora do almoço e ninguém lhes pede o cartão de cidadão para confirmar se têm 16 ou 14.
BW

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Grândola

Depois de ouvir Miguel Relvas a assassinar a música da qual, claramente, não sabe a letra, precisava de a ouvir "limpinha" e cristalina.




De acordo com a interpretação do filósofo José Gil, ouvido pela TSF, as manifestações que interromperam os discursos de Pedro Passos Coelho no Parlamento, e agora de Miguel Relvas, mostram que o povo quer outro caminho para o país.
"À falta de uma ideologia ou de um discurso que lidere e mostre uma via nova, porque ruiu o discurso socialista, o comunista, etc, vamos buscar a fonte que prometia ainda alguma coisa, como uma utopia no sentido mais positivo da palavra, o que está mais próximo é a revolução portuguesa, que não foi violenta e que prometia para todos e real, utopicamente", diz José Gil.
BW

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O cérebro na ponta dos dedos

No contexto de sala de aula, costumava dizer aos meus alunos mais pequenos, do primeiro ciclo - meio a brincar, meio a sério - que não devia haver uma ligação direta entre o cérebro e a boca. E que esta relação devia ser mediada pelo dedo no ar.

Falando mais a sério e pensando nos jovens adultos, adultos e nos muito adultos, e depois de navegar um pouco pela internet, apetece-me dizer que a ligação direta entre o cérebro e os dedos está a precisar de ser interrompida!

Experimentem visitar alguns sites "comentáveis". Vejam o "calibre" de alguns comentários (felizmente não é esse o retrato dos leitores que comentam o Educar!).
Há comentários inacreditáveis nos blogues, jornais, redes sociais.
Entre o brejeiro, ridículo ou mesmo ofensivo, existem ainda alguns absolutamente inacreditáveis.
Pergunto ainda quem se dá ao trabalho de se autenticar para dizer algumas dessas coisas?


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Carnaval



Carnaval de 1938 na Av. da Liberdade.  














O Carnaval também é cultura.
O Carnaval movimenta as pessoas.
O Carnaval é tradição e história.
Não quer isto dizer que eu seja uma grande adepta das folias, que me mascare ou viva intensamente estes dias. Nem por isso. Mas sei o quanto a maioria das crianças adora vestir-se da sua personagem principal, assim como quantos adultos gostam de regressar a outros tempos ou lugares e brincar.
Por isso, para além do tempo, que não tem estado muito favorável, lastimo que não tenha havido Carnaval para muitos. E por outro lado, louvo as autarquias que perceberam o que o Carnaval pode representar, não apenas para a economia, mas também para os seus munícipes.

Para ler sobre o Carnaval em Lisboa nos sécs XVII a XX, visite este blogue, com jeito e arte.
Para ver imagens do Carnaval do início do séc. passado, passe por aqui, pelo arquivo da Torre do Tombo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

"O meu filho fez o quê???" em Bragança

A uma quinta-feira, à tarde, seria difícil imaginar uma sala cheia, mas aconteceu! Veio gente de longe, com vontade de ouvir a professora Altina Fernandes a apresentar O meu filho fez o quê??? e, claro, para me ouvir, embora eu tenha mais para escrever do que para dizer, confesso que me continuo a atrapalhar frente a muita gente!
O espaço de cafetaria do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, tinha as mesas completamente cheias e foi preciso ir buscar mais cadeiras. Parabéns ao Sindicato dos Professores do Norte por ter esta capacidade de mobilização!
A Altina Fernandes, que há um ano também preparou a apresentação de A minha sala de aula é uma trincheira, é uma professora de Português excelente no que diz respeito a ler os meus livros! Faz uma leitura objectiva e sublinha aspectos importantes como a questão do diálogo entre os pais e a escola ser tão importante!
Houve um pequeno espaço para debate, limitado pela minha necessidade de apanhar o expresso para Lisboa... Uma pena, senão teríamos ali ficado várias horas, antevi. Os pais participaram. Uma mãe perguntou se eu tinha feito um estudo sobre - porque é que os pais não falam nas reuniões com a escola? Não fiz, mas parece-me das conversas que fui tendo para escrever este livro que os pais têm medo de, ao falar, prejudicarem os filhos na sua avaliação. Ela acenava, concordando. "Mas isso está a mudar!", rematou Altina. Sim, também acredito que está a mudar! A escola precisa dos pais!
BW

O Dédalo é diabético

No palco, cada um posiciona-se no seu lugar. A professora Dulce dá início ao ensaio geral e a professora Nanda arruma os meninos por ordem de entrada.
– Trouxemos lanche? – pergunta Nanda a Dulce que não responde, concentrada em fazer os alunos do 1.º ciclo da escola das Beatas, do agrupamento Emídio Garcia, de Bragança, dizerem as frases correctas.
– Se não trouxeram, podemos ir ao bar. – responde Altina, professora da secundária Miguel Torga que ajudou as colegas a organizar a representação de "O Labirinto do Minotauro", com base na primeira aventura da colecção Olimpvs.net.
– Pois... mas eu tenho um que é diabético... – responde Nanda, preocupada.
– É o Dédalo! – responde o aluno vestido de Poséidon.
Dou uma gargalhada! Eles andam pelos seis aos nove anos e falam do arquitecto do Labirinto do Minotauro em Cnossos como quem fala de beyblades ou outra coisa qualquer com que estejam mais familiarizados. E, naquele momento, sinto uma responsabilidade imensa e, ao mesmo tempo, uma grande humildade. Aqueles meninos e aquelas professoras ultrapassaram todas as expectativas, as minhas, quando eu e a Ana começámos a imaginar este projecto que quer levar a mitologia grega aos mais novos.
Pouco depois, a sala começa a encher-se de meninos todos vestidos de deuses gregos. É fácil fazer uma máscara de deus ou deusa, descubro! Basta um saco de plástico branco cortado nos sitios da cabeça e dos braços, decorá-lo e fazer coroas de louros para completar. Alguns pais empenharam-se e havia fatos magnificamente decorados.
– A minha mãe não teve tempo... Ela trabalha, foi a professora que fez - diz-me um aluno do 4.º ano.
As professoras fizeram muitos, mesmo muitos fatos e muitas coroas. Ao todo são uma centena de alunos, do 1.º ao 4.º ano, todos vestidos de gregos. Professoras incluídas.
– Olha um touro! – exclama um dos mais pequenos, mal acaba de se sentar no novo auditório da Emídio Garcia, o antigo liceu de Bragança.
- Não é um touro... É o Minotauro! – responde-lhe um dos mais velhos, com aquele ar de que os mais novos não sabem nada.
E os professores do básico e os do secundário são incansáveis. O moderno retroprojector que desce do tecto não liga e os anfitriões não desistem de o pôr a funcionar. Finalmente começa. Altina Fernandes apresenta a colecção Olimpvs.net e conta o primeiro volume aos mais pequenos. Por fim, o pano abre e começa o espectáculo!
Palmas, muitas palmas. Os artistas foram profissionalíssimos, com apenas dois dias de ensaios, sabiam as suas falas de cor (quase todos!) e quem não sabia teve uma ajuda da professora Dulce e de um dos colegas.
A professora Clara faz subir ao palco um conjunto grande de meninos, todos com um pedaço de cartolina na mão com o nome de um deus grego de um lado e uma descrição no outro: "Eu sou Hades, o deus do mundo inferior!", "Eu sou He...he..." há nomes difíceis de pronunciar. "Porque é que eles não se chamavam João ou António?!", brinca uma das professoras.
"Ó professora! E nós?!", pergunta uma das meninas mais pequenas.
As professoras decidem pôr todos os alunos em palco. Os pais que conseguiram estar presentes, fotografam-nos, ajeitam-lhes a máscara de Carnaval, orgulhosos.
Abrem-se os estores cinzentos e modernos que deixam entrar o sol quente. É a minha vez de falar. Só para agradecer, não há palavras que descrevam a emoção de ver o nosso trabalho plasmado em fatos de Carnaval, em palavras difíceis ditas por bocas pequeninas, em memórias que vão ficar para aqueles meninos e para mim! 
– Gostaste? – pergunta-me uma menina, ansiosa pela minha resposta.
– Muito!
– Eu sou a Mel! – responde-me orgulhosa por ter encarnado uma das nossas personagens.
Muito obrigada ao Sindicato dos Professores do Norte por ter dado a ideia à Escola das Beatas e por esta a ter acolhido tão bem!
A sementinha ficou porque, em breve, os meninos vão voltar a representar, desta vez, no Museu do Abade de Baçal, que no seu jardim tem um labirinto, bom para Minos, Parsifae, o touro branco, o Minotauro, Dédalo e os nosso heróis voltarem a actuar! "Nós somos os escolhidos dos deuses, os deuses da nova era!"
BW

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Provas finais de ciclo começam em maio e os exames do secundário decorrem de 17 a 26 de junho

As provas finais de Português e de Matemática do 1.º ciclo do ensino básico realizar-se-ão a 7 e 10 de maio.
Os alunos do 4.º ano que não obtiverem sucesso nestas terão a possibilidade de as repetir a 9 e 12 de julho.

Os exames nacionais do ensino secundário decorrerão entre 17 e 26 de junho. À semelhança do que já aconteceu no ano passado, a 1.ª fase é obrigatória.