sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ainda sobre o que vestir no local de trabalho

Em 1992, na Universidade Católica Portuguesa abriram, pela primeira vez, os cursos de línguas, turismo e comunicação social e cultural (no ano anterior abriram os propedêuticos ou ano zero, mas isso agora não interessa nada para o que quero contar). Há 20 anos.
Até então só existiam os cursos de Direito, Economia, Teologia e Filosofia (acho que não estou a esquecer nenhum). Os alunos de Teologia e Filosofia eram transparentes, rapazes aspirantes a padres, nas suas roupas mal cortadas e cinzentas.
As meninas de Direito ede Economia usavam as calças de ganga, as sapatilhas keds ou all stars, as t-shirts brancas ou os camiseiros aos quadrados e acessórios, muitos e grandes como cintos, colares, pulseiras e as eternas e gigantes argolas douradas nas orelhas. Umas betas, iguais às de hoje! Excepto o corte de cabelo que era ligeiramente diferente porque se usavam as poupas, de resto a moda não mudou muito.
Eles com as calças de ganga e os polos de marcas caras. Fotocópias uns dos outros, louros, bonitos, bronzeados e de dentes muito brancos.
E, então, com os novos cursos, os corredores encheram-se de cor e de gente diferente. Havia quem envergasse só roupa preta, com t-shirts com monstros ou bandas de heavy metal e botas pesadas; quem usasse cores vivas e saias compridas e fosse muito peace & love, cabelos pintados, alguns intencionalmente mal pintados. Pela primeira vez foram vistos piercings em sítios que não na orelha para usar uma pérola, mas no nariz, uma argola. E tatuagens.
E a Católica tremeu. Melhor o curso de Direito ficou horrorizado e os seus alunos decidiram fazer um abaixo-assinado contra o modo de vestir dos novos estudantes para entregar ao reitor, na altura D. José Policarpo. Não podia ser, era uma afronta à instituição e davam má reputação à santa casa, argumentaram. A história correu o mundo universitário e amigos doutras faculdades perguntavam-me: "Então, és uma mal vestida? É mesmo verdade que há um abaixo-assinado?". Parece que sim...
Foi um choque inicial para passar a ser motivo de chacota - Como? Os betos estão preocupados com o bom nome da Católica por causa de uns metálicos, de uns hippies e afins? Mas o que é que a roupa tem a ver com a inteligência? Nada!
E isto contraria o que escrevi anteriormente sobre o que vestir no local de trabalho? Não.
Porque nenhum dos meus colegas aparecia de boné, de rabo de fora, de pernas ou de mamas à mostra na sala de aula. Se havia uma oral, a t-shirt da banda era substituida por uma preta. E no dia da entrega do diploma, no Mosteiro dos Jerónimos, levaram a camisa branca em cima das calças negras. Ninguém os obrigou, ninguém lhes pediu. Não foi preciso. Eles sabiam estar.
É disso que falo: saber estar. Ter noção de que para cada sítio há uma roupa certa para vestir.
BW

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Quando a recuperação da natalidade não é prioritária,

quando o interior é abandonado...
"A escola ‘primária’ da aldeia de Barroças e Taias vai reabrir no domingo mas passará agora a funcionar como casa mortuária, informou a Câmara de Monção."
BW

Escola de Pais na Fundação Maria Ulrich, em Lisboa

ESCOLA DE PAIS
Todos nós, pais, sentimos a urgência, o desafio e a responsabilidade de acompanhar o crescimento dos nossos filhos. Esta situação torna-se ainda mais relevante hoje, quando o ambiente e a cultura se tornaram fragmentados e um enorme conjunto de solicitações e propostas torna difícil um juízo sereno e claro sobre a realidade. É neste enquadramento, por vezes extremamente difícil, que somos chamados à tarefa da educação.
Com a mesma exigência com que abordamos os aspectos profissionais e sociais da nossa vida, não podemos deixar de nos questionar em que medida nos temos preparado para o desafio educativo.
A  Fundação Maria Ulrich, realiza uma Escola de Pais, que consiste num conjunto de três encontros sobre temas específicos relacionados com a educação e a formação dos filhos. 

1ª sessão – 13 de  Outubro – 10.30h às 12h
A importância de educar: a resposta aos porquês
Isabel Almeida Brito
Directora do Colégio de S.Tomás

2ª sessão – 20 de  Outubro – 10.30h às 12h
O perigo de não propor: a televisão e a internet
Henrique Leitão
Professor Universitário

3ª sessão – 27 de  Outubro – 10.30h às 12h
A autoridade: uma questão de prémios e castigos?
A verificação: as amizades e os tempos livres
Teresa Araújo Neves
Directora Executiva da Fundação Maria Ulrich

INSCRIÇÕES (no local)
Individual 10€ /Casal 15€
Rua Silva Carvalho, 240 (junto às Amoreiras)
1250-259 LISBOA
21.3882110; 966969620
fundacaomariaulrich.blogspot.com

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O que vestir no local de trabalho?

À minha frente, duas estagiárias envergam os calções da moda. Curtos e de ganga. Acham que as vou mandar ao Palácio de Belém, à Assembleia da República, a um ministério, seja onde for? Não.
Uma delas responde: "Tá-se?", "na boa" e despede-se com um "vou bazar!" Tremo só de pensar que fale assim com as pessoas que deve contactar. É o nome do jornal que põe em causa.
Um colega que a ouve comenta: "A geração Morangos com Açúcar chegou às redacções!"
Chegou com 20/21 anos, graças à Declaração de Bolonha, com três anos de formação superior e sem a mínima noção do saber estar num local de trabalho.
Mas a culpa não é delas.
- É dos pais
Eu devo ter sido a última rapariga do planeta a usar combinações e saiotes, obrigada pela minha avó e pela minha mãe, a vesti-los por debaixo das saias mais transparentes. Gozada à grande pelas colegas que nunca tinham visto aquelas peças de roupa interior. Obrigada a despi-las mal saía a porta de casa e a guardá-las na mochila. Não peço que as usem (já nem devem existir), mas peço que os pais as ensinem a vestir, tenham uma palavra a dizer quando as meninas vão às compras. "O umbigo é bonito para se ver na praia, não na escola, muito menos no local de trabalho."
- É da escola
As meninas/os meninos não têm de estar na sala de aula com o rabo de fora, com a barriga à mostra, com o boné na cabeça, com os chinelos nos pés. Custa perder um bocadinho da aula a mandá-los vestir a bata de Ciências? Custa, mas pode ser que aprendam... Quem sabe, a funcionária da portaria pode fazer essa triagem antes que os alunos entrem na escola.
- É da faculdade
O ensino superior espera que os meninos cheguem lá bem formados e acredita que estes têm autonomia e são responsáveis, que são adultos. Mas não são. São uns miúdos de calções, literalmente.
Alguém - pode ser o professor responsável pelo estágio, se faz favor - tem de explicar como se deve estar num local de trabalho já que os pais e os professores do básico e do secundário não ensinaram.
Vá lá, alguém faça o seu trabalho para não ser eu, aqui e agora a explicar que estão numa empresa onde não vão servir umas cervejas, mas exercer funções de jornalistas estagiárias.
Ainda bem que chegou o Outono!
BW
Nota: Nem todos chegam aqui assim. Mas, volta e meia, aparecem umas aves raras.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ficar em casa com o pai desempregado...

...não é boa ideia, mas está a acontecer, reconhecem as instituições que recebem as crianças e que estão a deixar de as receber.
Não é boa ideia porque os pais não estão na melhor forma, não estão felizes.
Não é boa ideia porque nem todos os pais sabem o que fazer com os filhos em casa. O mais provável é deixarem os miúdos à frente da televisão ou assim.
Não é boa ideia porque as instituições não são armazéns, são locais de educação onde se ensinam as crianças, onde aprendem a estar com os outros, a saber estar, a descobrir jogos, actividades, coisas divertidas.
Leia mais aqui.

Cromos da História de Portugal




Mais uma iniciativa do Expresso que vai ao encontro de miúdos e graúdos. Desta feita, com cromos!

A partir desta semana, o Expresso inicia a oferta da coleção Reis de Portugal. Durante seis semanas serão distribuídos com o semanário um poster, uma pasta arquivadora, 35 fichas e ainda o respetivo conjunto de 35 cromos autocolantes.


Todos os monarcas das quatro dinastias que reinaram em Portugal estão representados nesta coleção, que inclui também um diploma, distribuído com a última entrega, a 27 de outubro.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

E novamente as metas curriculares para Português

Para a aplicação "altamente recomendada" (?!?!) das Metas Curriculares, estão já disponíveis um Caderno de poemas (7º, 8º, 9º ano) e o documento "Caderno de Aprendizagem da Leitura e da Escrita".
Pode consultar os referidos documentos aqui.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mais metas para mais disciplinas

Espera-se que as associações sejam ouvidas ANTES das metas saírem cá para fora.
Espera-se que não sejam tão diferentes dos programas como se revelaram as de Português e de Matemática.
BW

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Maria Teresa Horta, a coerente

Lembro-me dela e de outras duas, na televisão, as Três Marias - Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa. Quando apareciam, a minha mãe desdenhava: "Humpf... Lá vêm as Marias! Se lhes dessem uns pratos para lavar..." ou "Vão lá queimar soutiens para as avenidas!". E eu, espírito da contradição, ficava a ouvi-las, a construir a minha ideia do que era o feminismo, do que era a liberdade. Admirava a inteligência embora talvez não percebesse metade, de tão pequena que era! Mas gostava de as ouvir.
Então como agora, Maria Teresa Horta é uma mulher coerente e, por isso mesmo, recusou-se a receber o prémio literário D. Dinis porque este ser-lhe-ia dado pelo primeiro-ministro. Passos Coelho foi eleito democraticamente e é o primeiro-ministro mas é também o homem que chefia o Governo que está "empenhado em destruir o país", diz a escritora, poetisa e activista. Coerente. Com que cara poderia criticar o que se passa no país e, de seguida, sorrir ao lado de Passos Coelho?
BW

Histórias à mesa

Rita Pimenta entrevistou Marina Colasanti. Uma reflexão sobre as histórias que deixámos de contar à mesa para contar na internet.
 
«Como é que foi o teu dia? Correu tudo bem na escola? As respostas a estas perguntas também são histórias. Mas já não as contamos em casa. Mergulhamos no Facebook, partilhamos o que outros disseram ou fizeram e pouco sabemos de quem está por perto.

Sempre se contaram histórias em família. Não apenas as que estão escritas, mas as que decorrem do dia-a-dia. “A casa é um fulcro de narrativas vindas do exterior. Você chega da rua e traz a história da vizinha, que te contou que o cachorro dela foi roubado por um ladrão”, exemplifica a escritora brasileira Marina Colasanti. “Ou então, falando sobre como foi o seu dia, diz: ‘O meu chefe isto e aquilo…’ São histórias que você está contando na sua casa”, prossegue a (também) contadora de histórias, que veio a Portugal para participar na XII edição das Palavras Andarilhas.
Mas este ritual familiar, muito associado aos momentos de refeição, está a perder-se: “As histórias são trazidas por cada um e emitidas por cada um para fora: no Twitter, Facebook ou blogue. As histórias que se ouvem são jogadas para fora outra vez. Em vez de serem compartilhadas com o conjunto familiar.”»

Texto integral aqui.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Lisboa Story Centre



A história de Lisboa já pode ser conhecida  no centro de interpretação Lisboa Story Centre – Memórias da Cidade, que abriu portas no torreão nascente do Terreiro do Paço. Este importante equipamento da capital recria, através de uma «viagem no tempo», os principais acontecimentos da cidade de Lisboa. Bilhetes a nove euros. Mais informações estão disponíveis aqui.

sábado, 15 de setembro de 2012

Acabou a pobreza envergonhada

"Sem emprego, sem casa, sem medo", li num cartaz madrileno dos que se manifestam contra as políticas de Rajoy.
Por cá, hoje foi dia de sair à rua para mostrar ao Governo o descontentamento com políticas que não agradam aos trabalhadores, aos pensionistas, aos desempregados, aos patrões. Lado a lado estiveram trabalhadores por conta de outrém, trabalhadores por conta própria, pequenos empresários que vêem o investimento que fiizeram ir por água abaixo. Famílias inteiras, avós com pensões reduzidas, pais com menos um a dois salários, filhos sem perspectivas de futuro.
Foi dia de sair à rua e mostrar à troika que não somos tão bem mandados e tão resignados como nos querem. Não somos como os gregos, não somos como os espanhóis mas a subserviência tem limites, sobretudo quando se tem cada vez menos.
Em final de semana de regresso às aulas, dizem os directores de escola que antes era preciso perceber quem eram os miúdos que passavam fome ou os que chegavam à escola sem pequeno-almoço. Agora não, agora os pais vão à escola para perguntar como é, como podem receber ajuda. E as aulas começaram há dois ou três dias, conforme descreve a jornalista Graça Barbosa Ribeiro.
Em situação de desespero perdemos a vergonha e, espero, o medo.
BW

Bom fim-de-semana




Se alguém pudesse pôr um fim à maldição
Que entristece a nossa antigeração
Talvez se o Maradona ainda jogasse futebol
E o rock n'roll ainda fosse a canção

Tantas memórias, tantas pontas desconexas
Se o Chuck Norris ainsa fosse o rei do Texas
E derrubasse o muro entre o «nós» e o «amanhã»
Sem fé no futuro, rumo ao passado a cantar, cantar, cantar

Não ficamos à espera, não sustemos a respiração
À espera que o D. Sebastião nos traga a redenção
O povo não desespera, a gente sabe que ainda há solução
Porque o Fizz Limão? Ai o Fizz Limão há-de voltar?
Num dia de sol, o Fizz Limão há-de voltar!

A nossa estática perdeu-se no vazio
A nossa ética anda presa por um fio
Valham-nos as memórias de um céu bem mais azul
De quando o Verão Azul dava na televisão

Não sinto orgulho nas notícias da manhã
Já só vasculho nos baús da minha irmã
E o cheiro a naftalina é que me aquece o coração
Rumo ao passado a cantar, cantar, cantar

Não ficamos à espera, não sustemos a respiração
À espera que o D. Sebastião nos traga a redenção
O povo não desespera, a gente sabe que ainda há solução
Porque o Fizz Limão? Ai o Fizz Limão há-de voltar?
Num dia de sol, o Fizz Limão há-de voltar!

No nosso tempo ninguém morria
No nosso tempo ninguém sofria
Tanto que no nosso ninguém dizia «o nosso tempo»

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Bom fim-de-semana!

Porque é que o ministro não foi inaugurar/abrir o ano escolar?

Com medo que atirem um ovo?
Com medo que algum professor desempregado se atire para cima do carro?
Com medo dos protestos agendados pela Fenprof?
Não. O ministro não foi a qualquer escola, nem mesmo àquela onde já estava marcada a abertura do ano lectivo, na Benedita, onde estaria com o senhor primeiro-ministro, numa escola com contrato de associação, porque está ocupado. Está em Lisboa, no seu palácio das Laranjeiras (muito mais digno do que a 5 de Outubro) a receber os brilhantes alunos portugueses que participaram nas Olimpíadas internacionais da Matemática. Podia fazer o mesmo enquanto presidente da Sociedade Portuguesa da Matemática.
BW

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O ministro matemático e a estatística

Na sua entrevista ao Sol, na sexta-feira passada, e à TVI, na segunda-feira, o ministro Nuno Crato justificou que a máquina da escola pública não precisa de mais docentes porque o número de alunos no sistema diminuiu 200 mil. Ou seja, há menos 200 mil estudantes no ensino. Portanto não são precisos tantos professores.
Duzentos mil em três anos? Foi a peste? Um terramoto? A emigração? Ou a diminuição da natalidade, como argumentou Nuno Crato? Não. O PÚBLICO descobriu que foi um erro nas estatísticas do ministério: a inclusão do número dos adultos das Novas Oportunidades. O ministro comparou dados de um ano de expansão das Novas Oportunidades - que tinham pouquíssimas aulas com professores, mas que eram acompanhados por formadores, logo, o argumento de não serem precisos professores por causa destes adultos não pode ser usado - com os de outro ano onde as Novas Oportunidades não foram contempladas.
Um erro? Como é que um ministro que tanto ama o rigor e a exigência não soube ler os números?
BW

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Regresso às aulas

São testemunhos comoventes e reais os que a jornalista Graça Barbosa Ribeiro ouviu e reproduziu aqui.
Como mãe, preocupam-me todos os casos, os dos professores desempregados que podiam estar a trabalhar se não existissem turmas de 30 alunos: os dos professores em final de carreira a ter de enfrentar turmas de 30 alunos; os professores de EVT que ficaram à porta da escola; os professores com horário zero porque já não há disciplinas não curriculares para leccionar. Preocupa-me que os professores cheguem ao primeiro dia de aulas desmoralizados, em baixo, desmotivados - como o estado do país.
BW

domingo, 9 de setembro de 2012

Resultados das candidaturas ao ensino superior


Já foram divulgados os resultados das candidaturas ao superior.
Médias de acesso, número de vagas e de candidatos disponíveis aqui.
"Uma corda estica até ao seu comprimento, mas pode passar uma vida dobrada sobre si mesma, enrolada para dentro. Uma corda comprida pode não passar de um pequeno rolo. A nossa vida também é assim, como uma corda. Por vezes estende-se sobre o abismo, por vezes está enrolada na arrecadação. Pode unir  dois lugares distantes ou ficar arrumada, dobrada sobre si mesma."

Afonso Cruz, Jesus Cristo Bebia Cerveja, p. 222

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Fim-de-semana em grande!

Há Festa do Avante!, na Atalaia.
Ou UB40 e Alphaville em Cascais!
Outras propostas aqui.




quarta-feira, 5 de setembro de 2012

há sonhos que acontecem quando estamos acordados

"- Olha, trouxe bolinhos de canela - diz Rosa.
  Ari está com os olhos cheios de montanhas e flores da Primavera e não ouve nada, pois os olhos repletos de coisas dão cabo do que se ouve...
  - Trouxe bolinhos ...
  Ari levanta-se e sorri, pega em três ou quatro de uma vez e empurra-os para dentro da boca.
  - Não sabem a canela.
  - Estes não sabem.
  - Não há bolos de canela que não sabem a canela.
  - Claro que há. Tal como há pessoas velhas que morrem novas e há horas que passam em segundos e há sonhos que acontecem quando estamos acordados, há bolos de canela que não sabem a canela."

Afonso Cruz, Jesus Cristo Bebia Cerveja, p. 153

domingo, 2 de setembro de 2012

É o fim das férias, não é o fim do mundo.

Provavelmente não vou fazer as compras de regresso às aulas na Fnac, mas reconheço que esta campanha está muito divertida.