quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Os filhos de que gostamos...

...são os nossos! Que são os mais bonitos, os mais inteligentes, os mais bem-educados, até que nos dizem que não é bem assim... Que podem ser os mais bonitos, mas nem sempre são os mais bem-educados.
Os pais não gostam de ser chamados à escola para que esta lhes diga: "o/a seu/sua filho/a porta-se mal". Nenhum pai gosta de ser pai de um mau filho. Os pais gostam de ser pais de bons flhos! E por isso ficam assustados, diz-me José Morgado.
Sorrio, não podia estar mais de acordo.
O professor e investigador continua:
A escola diz aos pais: "O/a seu/sua filho/a tem um problema, veja lá o que é que pode fazer?..."
Os pais ficam confusos, não é na escola que estão os cientistas da educação? Se eles são os cientistas, se eles estudaram e não sabem o que hão-de fazer; o que é que eu, que não estudei, hei-de fazer para poder ajudar o meu filho?
"O discurso deve ser de responsabilidade da escola", defende Morgado.
Mas não é, porque ao professor não cabe educar, só ensinar, respondo.
Ficamos em silêncio.
BW

2 comentários:

  1. Olá Bárbara, antes de um pequeno comentário, votos de Bom Ano.
    Creio que ambos sabemos que ninguèm só educa e, sobretudo, ninguém só ensina. Aliás, uma das fontes de mal-estar no universo da educação é, cito o Prof. Gert Biesta, da Univ. de Stirling, que conhece, (desculpe ser em inglês mas é mais fiel) é ter-se substituído a ideia de "education" pela de "learnification". Também tenho a convicção de que os professores que nos marcam positivamente é tanto pelo que nos ensinaram como, eu diria sobretudo, pelo que eram http://atentainquietude.blogspot.com/2009/09/os-professores-que-nos-marcam.html.
    Por outro lado e finalmente, a sua experiência e a minha mostram-nos que existem alguns professores "perdidos" com a tarefa de ensinar/educar, alguns pais "perdidos" com a tarefa de educar/ensinar e alguns miúdos "perdidos" com a tarefa de ser/crescer/aprender.
    Os silêncios, algumas vezes, vêm da dificuldade do ajudar, do saber/fazer.
    De novo, votos de Bom Ano para si e para a sua tribo

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