sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tribunal constitucional chumba chumbo da avaliação dos professores

A decisão do Tribunal Constitucional, que se pronunciou pela inconstitucionalidade do decreto aprovado pela Assembleia da República que suspendia a avaliação de desempenho dos docentes, foi esta tarde saudada pela ministra da Educação como uma “vitória do sistema educativo” contra “a irresponsabilidade e oportunismo da oposição”.

Agora, aos professores cabe analisar o que - realmente - cada um dos partidos da oposição tem para oferecer à sua classe profissional em termos de modelos de avaliação.
Aos professores não deve bastar ouvir cada um dos líderes partidários ou deputados com assento na comissão parlamentar de educação vir dizer que o modelo de avaliação do PS é mau e que fizeram tudo para o anular. É preciso ouvir o que é que têm para oferecer em troca. Isto para que não voltem a sentir-se enganados.

BW

Casamento real

E na sexta-feira voltei ao dia 29 de Julho de 1981. Estava na casa de férias da família e trocámos um dia de praia para ficarmos todos em frente ao televisor. Foi uma excitação!
O vestido de Diana perseguiu-me para o resto da vida. De tal maneira que passei a desenhá-lo nas margens dos cadernos diários. Anos mais tarde, recortei e plastifiquei, com todo o cuidado, o desenho daquele vestido, que saíra nas páginas de um jornal norte-americano (ainda deve andar guardado numa das muitas caixas que coleccionei com as piroseiras próprias da adolescência) - ficou plastificado porque era uma folha de jornal que amareleceria com o tempo... Ficou guardado para, quando chegasse a minha vez, poder inspirar-me naquele vestido.

Quando casei, não estava nada parecida com Diana! Graças a Deus!


Trinta anos depois, o vestido de Kate é lindo, lindo, lindo e apetece-me voltar a desenhar, nas margens dos cadernos, recortá-lo e plastificá-lo ou guardá-lo no disco rígido do computador, para que, daqui a uns 15 anos, a minha filha possa vestir qualquer coisa parecida...
Não vou fazê-lo, afinal ela vai levar o meu, acredito eu!

Tudo isto é piroso? É!


BW

quinta-feira, 28 de abril de 2011

KidZania desafia mães a serem crianças por um dia

Não gosto de fazer "publicidade" a locais ou experiências pelas quais não passei. Por isso, só agora vos falo da Kidzania.

Passo a explicar: o mais velho queria ter uma festa de anos nesta cidade. Mas, ao contrário do que acontece em muitos locais, os bilhetes para as crianças numa festa de anos ainda são mais caros do que o valor do ingresso normal.

Moral da história: a festa de anos vai ser, como habitualmente, em casa.

Ficou a promessa de eu ir com ele, a irmã e a prima mais crescida lá passar um dia. E foi um dia memorável.

Estivemos lá mais de seis horas. Almoçámos uma bela sopa e um hamburguer, este último cozinhado por eles. Da mais pequena de 4 anos, à mais crescida de 12, todos se divertiram. Como bons amigos que são, organizaram-se para poderem ir aos locais que todos desejavam visitar. Assim, desde o salão de beleza, à obra; do hospital e maternidade aos correios, fomos passando por um mundo de actividades e propostas. Tudo bem organizado. O ponto alto foi na estação de televisão. Ele foi "operador de câmara", a mais crescida foi pivot do telejornal, a mais pequena foi convidada para maquilhadora. Eu estive a ver a transmissão do telejornal!

Um mundo cheio de aprendizagens escondidas por detrás das brincadeiras.

Confesso que fiquei com um pouco de pena de não poder entrar e participar em algumas das actividades, pois os "turistas" (ou seja, os adultos) têm de ficar à porta de muitas actividades. Por isso, este convite para o dia da mãe merece espaço privilegiado no nosso blogue. Parece que alguém me ouviu!

Para o nosso dia ter sido perfeito, só faltou eu ter podido fazer algumas coisas com eles!

De 29 de Abril a 1 de Maio, KidZania desafia mães a serem crianças por um dia


A KidZania vai desafiar as mães a voltarem a ser crianças por um dia, vivendo uma experiência única, divertida e pedagógica em conjunto com os filhos. As actividades decorrem de 29 de Abril a 1 de Maio e inserem-se nas comemorações do Dia da Mãe.

No total, são onze os estabelecimentos que irão dispor de actividades adaptadas à participação das mães, sendo eles a Escola de Pintura, Fábrica de Gelados, Escola de Culinária, Supermercado, Salão de Beleza, Perfumaria, Maternidade, Televisão, Teatro, Escola de Modelos e Discoteca.

Horário

29 de Abril – Das 10h às 15h30m
30 de Abril a 1 de Maio – Das 11h às 20h

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A avó Alice

Alice Vieira é uma escritora de mão cheia!
Histórias simples, bem escritas, tão coladas aos miúdos de hoje em dia. Nos seus livros existem os problemas, as alegrias, o modo de falar e de estar das crianças e jovens da actualidade.
Agora, Alice Vieira, a avó, escreveu para as avós, mas não só - que eu estou longe de ser avó e estou a lê-lo com a máxima atenção. Chama-se O Livro da Avó Alice e continuo a lê-lo em voz alta, para quem me quer ouvir, lá em casa, ao telefone, e agora aqui, uns bocadinhos que reflectem o que também tenho escrito neste blogue, mas que Alice Vieira faz muito melhor do que eu.

O filho de um amigo meu não pára quieto, não sabe brincar, não sabe interagir com as outras crianças, bate-lhes. Em casa, passa as refeições à frente de um ecrã; quando viaja, o DVD está incrustado no assento da mãe, onde vê filmes; de férias, os pais levam um aparelho com DVD para estar em cima da mesa do restaurante do hotel, para ele comer sossegado. Depois das queixas feitas pela educadora, os pais lá foram ao pediatra e a receita foi: menos televisão, mais brincadeira com os pais. O menino, de quatro anos, mudou da noite para o dia, está mais calmo.
Quantas vez tenho escrito sobre os malefícios da televisão e do computador em crianças tão pequenas?
Escreve Alice Vieira:

"Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas.
Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs. E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos. Se diante do nosso rosto tivermos outro rosto. Humano.
E por isso as nossas crianças crescem sem emoções. Crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam.
Durante anos - por culpa nossa - foram criadas na ilusão de que tudo lhes era permitido.
Durante anos - por culpa nossa - foram criadas na ilusão de que a vida era uma longa avenida de prazer, sem regras, sem leis, e que nada, absolutamente nada, dava trabalho.
Durante anos, todos nós, pais, avós, professores, fomos deixando que isso acontecesse.
E, de repente, os jornais e as televisões trazem-nos relatos de jovens que agridem professores na sala de aula e nós olhamos para tudo muito admirados - como se nada fosse connosco.
Mas é."

Pois é...
Por estes dias, O Livro da Avó Alice pode ser lido pelos pais, e depois, no dia 1, dia da Mãe, ofereçam-no às avós (é o que eu vou fazer...)!
BW

Difícil é educá-los - II

Ao jeito de conclusão, faz David Justino o seguinte balanço:

"A leitura que fizemos da evolução do sistema educativo português permitiu-nos identificar os problemas fundamentais. Temos mais educação, não temos melhor educação. O modelo de organização revela algumas inconsistências e, se favoreceu a concretização da escolaridade obrigatória de nove anos, não se traduziu em maior sucesso escolar nem maior equidade. Com base neste balanço, podemos concluir que o investimento realizado pela sociedade portuguesa não teve o retorno esperado, em grande parte devido às diversas ineficiências, entre as quais se destaca, pela sua relevância, o modelo de formação, recrutamento e progressão da carreira docente (...). Destacamos igualmente a progressiva inadequação do modelo centrado do Estado Educador às novas realidades sociais e às perspectivas de desenvolvimento nas próximas décadas. (...)


A maior ineficiência, porém, reside no nível de desenvolvimento económico e social do país (...). Simultaneamente causa e consequência, a educação não consegue libertar-se dessa dependência."


David Justino, Difícil é Educá-los, p. 128

terça-feira, 26 de abril de 2011

Difícil é educá-los

Depois do livro de Maria do Carmo Vieira, especificamente sobre o ensino da língua portuguesa, e sobre o qual acabei por escrever aqui , a propósito dos clássicos, e também aqui, sobre a terminologia linguística, foi agora a vez de ler um outro ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre a educação. Este, agora mais generalista, é da autoria de David Justino.


Prometendo ser apartidário, este ensaio, de um antigo Ministro da Educação, afigura-se como uma obra de muita qualidade, um olhar pela história da escola e educação em Portugal, uma leitura crítica do que foi feito e do que ficou por fazer.


Escolhi alguns excertos que irei publicar no Educar em Português, nomeadamente aqueles que me parecem tocar nos principais pontos fracos do nosso sistema de educação.


Devo dizer que, quando terminei a leitura, concordando com algumas reflexões e discordando de outras, mas reconhecendo-lhes importância, lastimei o facto de termos tanto diagnóstico feito e tão poucas mudanças.


Com o título a parodiar a frase dos professores, difícil é sentá-los, este difícil é educá-los é uma leitura que recomendo a todos, especialmente aos professores. Fácil de encontrar, das livrarias aos hipermercados, por cerca de 3 euros, uma leitura séria sobre a educação em Portugal.

Ana Soares

sábado, 23 de abril de 2011

acredito

“acredito na Ressurreição

dos livros

e acredito que no Céu

haja bibliotecas

e se possa ler e escrever”.


Adília Lopes

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Como usar o Magalhães no 1.º ciclo

As crianças que entrarem no próximo ano lectivo na escola, em princípio, já não terão direito a Magalhães... Entretanto, as que têm podem utilizá-lo melhor. Pelo menos será esse um dos objectivos do site Pigafetta lançado pela Universidade do Minho.

"Os professores do 1.º Ciclo já têm um portal para saber como melhor utilizar o computador Magalhães em contexto educativo. O site pigafetta.ie.uminho.pt foi criado no âmbito do projecto Pigafetta, que a Universidade do Minho tem vindo a desenvolver para o Ministério da Educação. Este projecto visa identificar, caracterizar e sistematizar as várias formas de exploração e utilização educativa do computador portátil no ensino básico. O portal inclui ainda notícias, eventos, fórum, desafios didácticos, programas de segurança online e redes sociais associadas. Prevê-se para breve uma área de conteúdos para a sala de aula, com vídeos, imagens, jogos, propostas de trabalho e testes, em actualizações quinzenais.

“O principal objectivo é ajudar os professores a aproveitar ao máximo as potencialidades de um recurso que foi colocado nas mãos das crianças. Partimos do princípio que as novas tecnologias, neste caso o PC portátil, são algo de muito útil para as crianças, qual canivete suíço digital para complementar a acção das mãos e do cérebro”, explica o professor António Osório, coordenador do projecto e professor do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Esta instituição estuda as tecnologias no sistema educativo há mais de duas décadas.

O Pigafetta deve o nome ao relator da primeira viagem de circum-navegação ao mundo, comandada por Fernão de Magalhães no século XVI. O projecto tem seis trabalhos de investigação em curso, orientados por professores universitários e profissionais de várias áreas. Os temas incidem no uso da Internet para apoio à leitura/escrita de alunos com dificuldades de aprendizagem, na programação com o Squeak, na aplicação de tecnologias digitais para a formação integral e o pensamento crítico e criativo da criança, na elaboração de um dicionário multimédia personalizado, num estudo sobre os monges beneditinos e, ainda, na utilização educativa do Magalhães nos concelhos de Amarante, Felgueiras e no distrito de Bragança.

O projecto Pigafetta pretende de uma forma geral caracterizar as funções desempenhadas pelo computador na sala de aula, na escola, em casa e na comunidade, descrever os modos de interacção entre as crianças e o computador, caracterizar as atitudes e necessidades de alunos, professores e encarregados de educação face ao uso individual do computador e, ainda, estudar as suas implicações nos serviços de apoio à escola e nos sistemas de formação inicial e contínua dos docentes. "
Um conselho: fala pouco: fala do que é grande.

Gonçalo M. Tavares, Matteo perdeu o emprego

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Governo Sócrates em balanço

O PÚBLICO está a fazer um balanço do Governo Sócrates, os seis anos do executivo, em diversas áreas. Hoje foi a vez da Educação, centrada apenas no mandato de Isabel Alçada. Um trabalho de Clara Viana completo, onde foram ouvidos não só os partidos mas também os professores. O título da primeira página do PÚBLICO é apetecível: "Mudança cosmética" deixou quase tudo por fazer na Educação. A ler.
BW

Os malefícios decorrentes do Novo Acordo Ortográfico por Nuno Markl

"Sei que muito se perde com o novo acordo ortográfico. Por exemplo, perdem-se pontos no Scrabble. Uma palavra como exactamente, a partir do momento em que cai aquele C, continua a valer bastante dada a presença do X e dos seus extravagantes 8 pontos; mas parecendo que não, a ausência do C far-se-á notar, sobretudo se a palavra jazer sobre uma casa Palavra Conta Triplo (...).

No meio do caos, podemos dizer adeus a palavras com consoantes mudas, como 'exacto', celebremos quem teve a ideia, há muitos, muitos anos, de dizer todas as consoantes de palavras como 'facto'. Ou 'pacto'. De outra forma, hoje andaríamos às aranhas para perceber se o 'pato de Varsóvia' se referia à lendária aliança militar de Leste no tempo da Guerra Fria ou a uma receita polaca de aves.

É sempre bom ver o copo meio cheio."

Nuno Markl, Revista Única, 5 de Março de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ouvido de passagem

Um filho adolescente insiste com a mãe, insiste, que o telemóvel está com um problema, que é sempre a mesma coisa, que precisa mesmo de outro aparelho, que um telefone serve mais do que para fazer chamadas, que os amigos têm todos um equipamento superior... Insiste. Ao princípio, a mãe ainda argumenta, depois cala-se e parece ouvir. Já não ouve. No final responde-lhe: "Deve ser maravilhoso ser adolescente e saber que se tem sempre razão em tudo!". O rapaz cala-se e acena. "Sim, eu sei que tenho razão". A adolescência não lhe permite ouvir a ironia na voz da mãe, só as palavras, soam-lhe tão acertadas.
BW

terça-feira, 19 de abril de 2011

Qual é a grande questão?

A grande questão é mais uma excelente proposta da bruaá. Imagem e texto de mãos dadas e ao serviço das dúvidas mais simples dos nossos pequenos pensadores e filósofos. Por que estamos aqui? "é para celebrares o teu aniversário que estás aqui na terra.", diz uma das personagens que o menino encontra. Por outro lado, o gato diz-lhe que vimos ao mundo para ronronar. Um livro para ler e pensar com eles.
A bruaá disponibiliza algumas actividades em torno do livro aqui.

domingo, 17 de abril de 2011

A autoridade dos professores

Como professora, às vezes não me apetece falar de educação nem de escola. Sobretudo com pais. Estamos de fim-de-semana, fala-se das notas ou escola dos miúdos e lá começa o rol de queixas acerca dos professores. Ora a professora que mandou ler um livro que não há nas livrarias, ora a professora que na aula de expressão plástica não ajudou a criança a fazer a boneca de trapos. E conclui-se a conversa dizendo "E, para a professora aprender, lá fizemos em casa uma boneca mais bonita que a criança levou para a escola!". Às vezes perco mesmo a paciência... Que culpa tem a professora se os stocks das livrarias são baixos e as mesmas cada vez têm menos livros? E o que fariam os pais se em vez de 1, 2 ou 3 crianças para ajudar a fazer os trabalhos manuais tivessem 28? E todas estas conversas são orgulhosamente tidas à frente das crianças, os pais quais leões a proteger as suas crias... Depois queixamo-nos que os professores não são respeitados. Claro!

Como mãe, também já perdi a paciência para as referidas historietas. Neste último papel, às vezes posso não compreender ou eventualmente não concordar com a 'versão' que me chega de algo que se passou na escola ( e reforço 'versão', pois muitas vezes é isso que os miúdos levam para casa), mas a nossa postura tem sido sempre a mesma: os professores lá têm a sua razão e saberão certamente o que estão a fazer. Assim se educa para o respeito e se contribui para o reforço da autoridade dos professores. Ponto.

Ana Soares

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Museu da Marioneta

Proposta para uma manhã de domingo criativa, uma oficina.
Proposta para uma tarde, uma visita.
Proposta para um dia de escola com os professores/educadores, uma visita com actividades.
Proposta para uma festa de anos, um atelier.

No Museu da Marioneta existem todas estas propostas. A minha filha teve a sorte de ser convidada para uma festa de anos lá. Esta foi a desculpa para eu própria visitar o Museu. Desfalcada da filha, fui com ele. Na verdade, é sempre um prazer ter um programa só com um deles. Temos mais espaço para nos ouvirmos um ao outro. E às vezes isso faz falta.
Lá iniciámos a visita. As salas, meio soturnas, não lhe pareceram muito apelativas. Mas perceber como "funcionam" as diferentes marionetas, isso sim. Ou não fosse o rapaz ter alma de engenheiro (diz ele!). Marionetas de estacas, fios, luva e até umas de corpo inteiro.

Depois, a visita a uma das exposições temporárias, gratuitas. Dodu, o rapaz de cartão, da autoria de José Miguel Ribeiro. Simplesmente fabulosa! Uma cidade feita em cartão que deu origem a um filme de animação. Imperdível.

Chegados a casa, não resistimos. Fomos tentar imitar. Fizemos um aquário, um gato e um autocarro para a nossa cidade. O Museu veio connosco para casa. A visita continuou depois de termos saído do antigo Convento das Bernardas.

Ana Soares

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Matrículas para o 1.º ano do ensino básico

As matrículas para o 1.º ano do ensino básico arrancam amanhã, dia 15 de Abril. Segundo o Ministério da Educação, a plataforma informática que permitirá que as matrículas se façam por via electrónica estará disponível a partir desta data no Portal das Escolas.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Quando os alunos entram de férias...

Lá deve estar MST e mais uns tantos portugueses a achar que os professores já estão de férias. É verdade que já não temos alunos esta semana. Em vez disso, temos os dias preenchidos por montanhas de papéis:  folhas de auto-avaliação; justificações de classificações; propostas de apoio para o 3º período; análises estatísticas sobre resultados; planificações de actividades, visitas e ajustes nos programas que se têm de cumprir; cruzes para pôr em processos individuais de apoio; informações para os encarregados de educação.  São dias interiores de reuniões. Às vezes sem ver a cor do sol. Reuniões umas atrás das outras. Sair de uma porta e entrar na outra ao lado. E no meio disto tudo, as vidas dos nossos alunos. A importância da palavra certa para descrever um comportamento, a melhor decisão para aquele aluno, que não é igual à melhor decisão para o seu colega do lado. Estamos já no fim de mais um período escolar, é verdade. Mas o trabalho ainda não acabou.

Ana Soares

domingo, 10 de abril de 2011

Billie Holiday: porque a música de intervenção não é só nossa

Nos últimos tempos e depois dos Homens da Luta terem vencido o festival da canção, a comunicação social tem-se dedicado a dissecar se a canção de intervenção está de volta ou não. Hoje, a Pública, que sai com o PÚBLICO, volta ao tema. Mas a canção de intervenção não é só nossa, nem só de esquerda. Esta fala de racismo.

sábado, 9 de abril de 2011

Afinal, pode ainda não ser desta...

Cavaco Silva requereu ao Tribunal Constitucional (TC) a fiscalização preventiva do diploma que suspendeu o modelo de avaliação de desempenho dos professores, de acordo com uma nota publicada no site oficial da Presidência da República. Leia a notícia aqui.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bom fim-de-semana

Buracos financeiros... os buracos são demais...



Há coisas que antes não indignavam muito, mas que agora parecem ser demais. O curioso é sabermos os nomes de quem vota contra e a favor...
BW

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mentira que se torna realidade

No dia 1 de Abril, dia das mentiras, a Google apresentou o Gmail Motion, uma forma de trabalhar com o email através de gestos e movimentos do corpo, feitos directamente para o computador.

Agora, uma equipa do MxR Lab da Universidade da Califórnia pôs em prática o sistema de controlo do email através de gestos e movimentos do corpo. O projecto foi desenvolvido no Institute for Creative Technologies e combina a solução que já tinha sido criada de Flexible Action and Articulated Skeleton Toolkit com o sensor Kinect da Microsoft. Evan Suma, um dos investigadores, comenta: "Ficámos muito excitados esta manhã quando a Google anunciou o Gmail Motion, mas, sem ofensa para os génios da Google, não conseguimos pôr a sua solução a funcionar nos nossos computadores. Por isso desenvolvemos a nossa própria solução".



Giro!

Desenvolvimento, pobreza e saúde

O médico Hans Rosling mostra a história do desenvolvimento do planeta nos últimos dois séculos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CATA LIVROS da Gulbenkian

CATA LIVROS é o novo projecto desenvolvido pela equipa GULBENKIAN/CASA DA LEITURA que utiliza a Internet para aproximar os jovens leitores de um conjunto de títulos essenciais da literatura para infância e juventude, com destaque para a produção nacional, assentando no caráter lúdico e interativo das narrativas e desafios propostos. Animado por uma equipa que inclui João Paulo Cotrim, Fernandina Fernando, Elsa Serra e Mariana Sim-Sim David, entre outros, o portal CATA LIVROS é dirigido aos leitores iniciais e medianos (sensivelmente, dos 8 aos 12 anos) e está construído a partir da metáfora de uma casa, com as suas salas e saletas, cantos e recantos, caves e sótãos, e que levam títulos como “salão salamaleque”, “janela de papel” ou “cozinhório & laboratinha”. O mocho, ícone carismático da CASA DA LEITURA, ganha como parceiro um corvo, e ambos servem de cicerones na aventura em que se transformará a leitura. Os livros abordados são escolhidos segundo critérios de qualidade literária e estética, mas também de representatividade histórica e estilística, sem descurar a atenção ao texto e ao grafismo. Cada mês terá um tema diferente (para começar, por exemplo, «Histórias de bichos estranhos») e, dentro desse tema, um livro destacado e, pelo menos, dezanove outros abordados de modos diversos. O CATA LIVROS permite também aos mediadores (bibliotecários, professores, educadores, etc.), bem como ao mais generalista dos públicos (pais e jornalistas), por um lado, aceder, através de um conjunto diversificado de recursos, aos livros que alimentam a curiosidade de leitores da mais tenra idade até à adolescência, e, por outro lado, a um conjunto de reflexões, projectos e práticas na área da promoção da leitura. CATA LIVROS – Onde as portas e as janelas dão para o livro.

Greves nos transportes públicos

Os trabalhadores do Metro, Carris, CP, Transtejo e Soflusa contestam os cortes salariais nas empresas do sector empresarial do Estado e fazem greves atrás de greves. Tudo bem. Os trabalhadores têm direitos, devem defendê-los, devem pressionar as empresas onde trabalham a respeitar os seus direitos. Contudo, os trabalhadores esquecem-se que o país está em crise, que de dia para dia as agências de rating vão atirando-nos para o "lixo", que a dívida existe, que os funcionários públicos têm os seus salários em risco de não ser pagos nos próximos meses e, por consequência, os do privado também (se não houver consumo, não há dinheiro para salários). Os trabalhadores dos transportes públicos esquecem-se que quanto mais prejudicarem as empresas onde trabalham, mais põem em risco os seus próprios lugares (estas empresas não têm só salários para pagar e vêem o barril do petróleo aumentar de dia para dia). Os trabalhadores esquecem-se dos outros trabalhadores, dos que não trabalham nas empresas do Estado, dos que precisam de chegar a horas aos seus trabalhos, dos que pagam mensalmente um passe e não têm o serviço pelo qual pagaram a funcionar convenientemente, dos que também têm dificuldades e têm de se fazer transportar em veículo próprio (aumentando assim as suas despesas mensais), dos que têm de tirar dias de férias nos dias das greves porque têm patrões pouco compreensivos. Desses trabalhadores há quem esteja muito pouco solidário com as greves dos trabalhadores dos transportes públicos. Contaram-me que, nos comboios, há quem não apresente o título de transporte ao revisor, lhe grite que é uma pouca vergonha o que estão a fazer e que receba palmas de uma carruagem inteira, obrigando o revisor a encolher-se. É muito feio, os trabalhadores contra os trabalhadores, mas há uns que têm que meter a mão na consciência e perceber que os cortes estão aí e estão para ficar, que TODOS vamos pagá-los. Portanto, é precisa mais solidariedade e mais espírito de sacrifício. Os tempos assim o exigem. BW

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma escola sem testes

Este foi um fim-de-semana como há muito não tinha: descansado, sem stress, com sol, sem trabalhos de casa, sem preparação para testes que foram às dúzias, nas últimas semanas. Tudo isto porque daqui a quatro dias termina o 2.º período.
Ao contrário de mim, creio que muitos professores tiveram mais um fim-de-semana de trabalho, com correcções de testes. Estes professores, imagino, não viram o sol, não descansaram, não almoçaram com os amigos, não ficaram na conversa a ver as crianças a brincar. Nada disso, estiveram em casa, fechados, a corrigir, a contabilizar percentagens, a abanar a cabeça com a ignorância dos alunos...

Por isso, sugiro: nada de testes! Não façam testes aos miúdos! Há outras maneiras de avaliar como os trabalhos individuais e os de grupo, de preferência todos feitos na escola! Boa?

Deste modo não há testes para levar para casa e corrigir; só trabalhos que podem ser avaliados durante a sua manufactura. E, assim, a escola prepara os alunos para o dia-a-dia, para o mercado de trabalho, onde somos avaliados, diariamente, pelo que fazemos, pelas ideias que temos e não através de testes onde mostramos que, na teoria, sabemos (ou não) a matéria toda, para a esquecermos mal saímos da sala de aula.

Uma escola sem testes era um alívio para alunos, professores e pais.

Aqui fica a sugestão! BW

sábado, 2 de abril de 2011

Parabéns!

Há um ano foi assim: 654 posts, 104 804 visitas.

Hoje, comemoramos o 2º aniversário do
Educar em Português com:
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Obrigada, caros leitores.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bom fim-de-semana!

O Principezinho em mirandês

O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry foi traduzido para mirandês. Vai estar à venda, a partir da próxima segunda-feira. A ASA foi pioneira nas publicações nesta língua, falada por uma minoria de portugueses.

Este fim-de-semana...

... read books not facebooks

Este é um dos versos da música "Made for you" dos The Gift.
O video oficial contou com a colaboração dos actores Lukas Haas e Isabel Lucas.

Aqui fica a sugestão.



MADE FOR YOU

I´ll probably be there waiting for your hope
I´ll probably be there waiting for your hope
I´ll probably be dead if I ain’t got your word
I’ll probably be there waiting for your hope
I’ll probably be dead if I ain’t got your word

Got your word

This time you’re not alone
Get rid of old ideals
Do something on your own
Don’t care about the things you’re listening to

Read books not facebooks
The world’s spinning upside down
Why don’t you all join us
Is this my carousel of hope?

Got your word

Trust, I will always be there, waiting for your love
Trust in the beauty inside, trust the name Explode
Trust the colours of rainbows, even if it’s dark
Trust in the photos you did and the ones outside
Trust in people, religions and all their hopes
Trust in the meaning of life, this can only be love
Trust the friends that we share, and the ones we don’t
Trust in me, trust in you
Over and over and over