sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Professores classificadores

A constituição da bolsa de professores classificadores dos exames nacionais deve ser feita até ao próximo dia 7. Podem ler-se aqui as orientações que regem a sua organização. Esta tarefa, como todos sabemos, é difícil e de extrema responsabilidade e, para além de não ser paga este ano no secundário, será ainda tardia. Apesar de eu gostar de corrigir exames (alguns, entenda-se) para não perder o traquejo e estar familizarizada com os critérios, não me parece que ser professor classificador seja um prémio. No entanto, a legislação apresenta como um dos factores de "desempate" na organização desta bolsa a nota da avaliação de desempenho. É claro que os professores que corrigem os exames não podem ser os professores com insuficiente (esses não deviam ser professores sequer). Mas achar que os melhores merecem ter como prémio 60 exames vezes duas chamadas para corrigir parece-me desajustado.
Ana Soares

ps - caso o professor tenha ainda atribuídas actividades lectivas a decorrer, só poderá classificar 25 provas (e não 60).

3 comentários:

  1. Absolut. de acordo!

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  2. Pois eu não tenho dúvidas em afirmar que uma avaliação dita com consequências e que tem a pretensão de identificar os melhores profissionais deve levar a atribuir-lhes as tarefas que envolvem maior dificuldade e responsabilidade.

    Quem já assumiu que é este tipo de avaliação que quer, assuma também as consequências: a avaliação serve para obrigar as pessoas a trabalhar mais, não para dar "prémios", como parece pensar a Ana Soares.

    A minha opinião pessoal sobre esta matéria é muito clara, e formei-a desde que se começou a discutir a ADD: ou somos (quase) todos bons, e então o serviço distribui-se equitativamente por todos, ou há uns melhores do que outros, os quais devem assumir as correcções, os cargos, as turmas mais difíceis, enfim, tudo aquilo em que os "menos bons" poderão eventualmente falhar.

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  3. Defendi que concordo com avaliação de desempenho. Não necessariamente com esta do ensino público. Não defendi que a avaliação tenha como consequência tarefas extra, não remuneradas. AS

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