segunda-feira, 31 de maio de 2010

Reorganização dos ciclos: a montanha pariu um rato

Esta manhã, o Jornal de Notícias (JN) dava conta de uma proposta do Conselho das Escolas (CE), órgão consultivo criado pelo ministério de Maria de Lurdes Rodrigues, que reúne os directores das escolas, que seria votada durante o dia de hoje, sobre a possibilidade de reorganizar os ciclos em três de quatro anos cada. Do 1.º ao 4.º; do 5.º ao 8.º e do 9.º ao 12.º ano de escolaridade.
Esta é uma proposta um bocadinho diferente da do Conselho Nacional de Educação (CNE) - onde há membros do CE que também são conselheiros - e que também votaram o parecer que propõe uma escolaridade dividida dos 0 aos 6; dos 6 aos 12 (juntando o 1.º e o 2.º ciclo) e dos 12 aos 18 anos de idade (do 7.º ao 12.º ano).
A preocupação do CE ao fazer esta proposta é com a escolaridade obrigatória de 12 anos? Com "o que fazer com os alunos mais três anos na escola"? Será esta uma maneira de resolver a retenção e o insucesso? E o que é que se faz à formação dos professores? E com a tipologia das escolas?
Pelos vistos, o CE estará a pensar nestas e noutras questões e Álvaro dos Santos ter-se-á precipitado quando falou com o JN porque hoje, ao PÚBLICO, o discurso foi vago: "Vamos claramente discutir e só depois é que analisaremos se há condições para apresentar [à tutela] e para a sua implementação. Não passa de um documento de discussão, ainda não é sequer uma proposta".
Há claras diferenças entre a sugestão do CE e o parecer do CNE, aponto. "Poderá haver aproximações com a do CNE. O CE não se sente vinculado a um modelo mas ao lançamento do tema à discussão, queremos ouvir pessoas".
E quando será apresentada a proposta final do ME? "É possível que possa ser prolongado para a próxima equipa do CE..."
BW

1 comentário:

  1. deixa-me adivinhar... e nós pagamos a mais um conselho para lançar temas à discussão e ouvir as pessoas?!

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