domingo, 25 de abril de 2010

Dia Internacional da Consciencialização sobre a Alienação Parental

O dia podia ter um nome mais simples mas o problema que estas família vivem não é fácil...

A Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direitos dos Filhos (Portugal) conjuntamente com Apase – Associação de Pais e Mães Separados (Brasil) e Asociación de Padres de Familia Separados (Espanha) juntaram-se pela primeira vez para a realização de um comunicado internacional sobre o Dia Internacional de Consciencialização sobre a Alienação Parental – 25 de Abril de 2010. Esta iniciativa pioneira conta ainda com a parceria internacional da Parental Alienation Awareness Organization e da Parental Alienation - Parent Association, ambas dos E.U.A..

Este dia tem como objectivo chamar à atenção para o fenómeno da Alienação Parental. Este foi pela primeira vez identificado em 1985 pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, no qual se identificam comportamentos por parte de um pai / mãe em manipular o seu filho com a intenção de predispô-lo contra o outro progenitor e a sua família (como os avós), cada vez mais frequente depois de um divórcio ou separação e mesmo em famílias não separadas.
Assim identificam-se os seguintes comportamentos:
- Processo destrutivo da imagem de um dos progenitores;
- Afastamento forçado, físico, psicológico e emocional, das crianças em relação ao progenitor alienado, geralmente o progenitor não residente;
- Actos jurídicos e comportamentais com o objectivo de isolar as crianças do progenitor com quem não reside habitualmente.

E isto traz consigo consequências para as crianças, tais como:
- Relações interpessoais: dificuldade em estabelecer relações de confiança com outras pessoas e em relações de maior intimidade;
- Baixa tolerância à raiva e hostilidade: dificuldades em lidar com situações que despertem emoções fortes como a raiva (“ferver em pouca água”), em aceitar o “não”.
- Problemas no sono e na alimentação: dificuldades em adormecer, pesadelos, sono inquieto; pode também existir falta de apetite.
- Maior conflitualidade com figuras de autoridade: dificuldades em seguir ordens e orientações de figuras de autoridade (professores, polícias, superiores hierárquicos…)
- Maior vulnerabilidade e dependência psicológica: auto-estima e auto-confiança mais baixas.
- Sentimento de culpa: a criança é constantemente forçada a escolher um lado e tomar partido, crescendo com um sentimento de culpa e de impotência.
- Doenças psicossomáticas: dores de cabeça, dores de barriga e outras são muito comuns, em particular nas situações de stress.

O Expresso tem um trabalho aqui .

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