segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Excertos da entrevista da ministra ao Diário Económico

Maria de Lurdes Rodrigues.
Os professores odeiam-na. Culpam-na porque trabalham muito, estão sobrecarregados com questões burocráticas, passam mais tempo na escola, o estatuto dos alunos não lhes trouxe autoridade, são sujeitos a um modelo de avaliação com o qual não concordam e estão descontentes com a divisão da carreira.
Os pais adoram-na. Agradecem as medidas tomadas para que os filhos estejam mais tempo na escola (apesar de poder ter consequências nefastas), o Inglês no 1.º ciclo, o apoio a Matemática, a renovação do parque escolar, a introdução de actividades extra-curriculares, a criação de mais cursos profissionais e tecnológicos, o Magalhães, o e-escolas...
Muita coisa boa e má foi feita nesta legislatura. Muito foi muito mais do que outros tiveram coragem de fazer.
Eis alguns excertos da sua entrevista ao Diário Económico:
Sobre a intenção do PSD de deitar abaixo algumas das reformas
"Procurei conduzir a política educativa ao longo destes quatro anos valorizando e potenciando a herança que recebi. Podíamos simplesmente ter destruído a introdução dos exames no 9º ano, decidida pelo governo anterior. Mas considerámos que era muito importante não ter hesitações nessa matéria. Houve, nos últimos anos, decisões muito importantes de outros executivos que foram decisivas para algumas realizações deste mandato. Se a atitude for "vamos ver o que é que eu consigo destruir do que o meu antecessor fez", isso é muitíssimo negativo e certamente prejudica o sistema educativo que, ainda por cima, tem na memória muitos traços dessas hesitações. Procurei imprimir uma orientação de total respeito pelas heranças que recebi, colocar o interesse do país, dos jovens e das famílias acima de qualquer outro interesse e continuar o caminho daquilo que são grandes consensos. "
Sobre as críticas às medidas implementadas
"Não se anda na política à procura de gratidão. Quando se está na política, aquilo que se procura é obter resultados, fazer alguma coisa pelo país. Não é a gratidão deste ou daquele. Também não oriento a minha acção pelas opiniões que são emitidas nos jornais. Leio, dou alguma atenção e coloco no sítio certo. (...) Acho que as pessoas têm dificuldade em enfrentar o conflito. Todos temos, eu também tenho as minhas. Ninguém gosta. Ninguém se orienta para procurar uma guerra. As pessoas orientam-se por determinados objectivos e por vezes no caminho encontram grandes dificuldades, que são a resistência, a manifestação de discordância. E há muitas formas de lidar com isso, a mais fácil é desistir. E a vida é muito mais tranquila quando não se faz nada."
Sobre os chumbos
"Nunca defendi que se devia proibir administrativamente os chumbos. Esse não é o caminho. (...) Nunca tomei essa decisão. Nunca tornei mais difícil a avaliação nem a burocratizei. O que tenho defendido é que se devem esgotar todos os outros instrumentos pedagógicos, de diversificação de currículos e ofertas formativas. Mas a reprovação deve ser um meio. Também reconheço que causa grande perplexidade e desconforto a um professor, no caso de um aluno não atingeir o nível necessário para o desenvolvimento posterior, não poder decidir pela repetição como um instrumento de avaliação. O acto de ensinar é muito difícil e o de avaliar é ainda mais difícil. A solução não passa por criar uma lei que proíba os "chumbos"."
BW

A gripe A e a escola III

A ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues (MLR) em entrevista ao Diário Económico (DE)
DE- A gripe A é uma preocupação neste ano lectivo?
MLR- É. As escolas são um espaço muito central na vida das famílias e dos alunos e portanto é crítico o que se passar na escola em relação a todo o processo. As escolas já estão a elaborar os seus planos de contingência. A maior parte já o tem elaborado. Estão a chegar os materiais às escolas, chegou já um reforço do orçamento para comprar os materiais necessários. Os orçamentos das escolas foram reforçados em cerca de 700 a 2.000 euros num total de un milhão de euros. O ministério acompanhará todas as situações e se se justificar, haverá novos reforços do orçamento.
DE- Tem alguma perspectiva de quantas escolas poderão vir a fechar?
MLR- Não. A atitude tem que ser a contrária. É muito importante que a escola se mantenha como um espaço aberto. A autorização de encerramento será decididaada pelas autoridades de saúde, como acontece agora em situações de epidemia ou de transtorno organizacional ou de saúde pública. Mas a orientação dada é no sentido de que a escola possa ser um espaço de protecção da contaminação e é para isso que as escolas estão a trabalhar. É muito importante continuar a garantir as refeições e o apoio às famílias. Se à menor perturbação a escola fechar, serão uma série de crianças e famílias afectadas, bem como todo o tecido económico. O trabalho que se está a fazer com as escolas é o contrário, é no sentido de garantir que será um espaço de protecção, mas não por encerramento. Ao contrário, mantendo-se aberta, evitando os contágios.

A gripe A e a escola II

Enquanto pais, é bom lermos as orientações da Direcção Geral de Saúde para as creches e escolas. É importante perguntarmos aos educadores de infância, professores ou direcção da escola se aquelas medidas foram ou estão a ser tomadas.
Embora algumas pareçam de difícil aplicação, como por exemplo: "Os brinquedos e materiais de uso partilhado devem ser higienizados, com um detergente doméstico e passados por água limpa, no final da sua utilização." Por exemplo, um boneco com que um grupo de crianças está a brincar e que passa de mão em mão, quando é que a educadora ou a auxiliar o vão limpar?
As escolas também têm que "planear formas de manter a actividade escolar das crianças, por exemplo, através de e-mail, no caso de encerramento da escola ou de absentismo de professores" Parece que o Magalhães poderá ter alguma utilidade!
BW

domingo, 30 de agosto de 2009

A gripe A e a escola I

Todos os Verões, um dos meus descendentes vai ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, ao serviço de Traumatologia. Invariavelmente sai de muletas, com gesso e sempre com ordem de descanso e anti-inflamatórios. Este ano, não foi excepção.
Desta vez, por causa da gripe A, obriguei-o a ficar na rua, enquanto não era chamado para ser observado. Esperavamos e, de repente, os corredores encheram-se de seguranças e de auxiliares com máscaras no rosto. Fomos empurrados para uma sala e fechados, com um pedido de desculpas e um recado: Assim que fosse possível, a porta voltaria a ser aberta.
Pelo vidro martelado, tentava perceber o que se passava do lado de fora, sem sucesso. Era, concerteza uma criança com um possível diagnóstico de gripe A que passava. Na sala, estava outro pai com o filho e tinham o pânico estampado no rosto. Quando as portas se abriram, ouvimos os profissionais de saúde comentar que não se sentiam seguros no seu local de trabalho.
Ao chegamos a casa, lavamos as mãos, pusemos toda a roupa para lavar e tomamos um banho. E pensei: Não está mal, para quem não queria ser muito paranóica com esta coisa da gripe A...
De repente, deixei de ser racional e comecei a pensar no regresso às aulas.
Os ministérios da Saúde e da Educação estão atentos e têm planos de contingência. Salas para isolar os suspeitos, enquanto os familiares não os vão buscar.
Será suficiente? Como combater os pais com comportamentos anti-sociais? Aqueles que dão o Brufen de manhã e mandam os miúdos doentes para a escola (não por inconsciência, mas porque não têm com quem deixá-los)? Estas coisas são impossíveis de combater.
BW
PS: Todas as dúvidas podem ser esclarecidas aqui.

Saber olhar

"o passado é um imenso pedregal que muitos gostariam de percorrer como se de uma auto-estrada se tratasse, enquanto outros pacientemente, vão de pedra em pedra e as levantam, porque precisam de saber o que há debaixo delas."

José Saramago, A Viagem do Elefante, Caminho,p.35


sábado, 29 de agosto de 2009

Regresso à escola: é sempre como se fosse a primeira vez?

Pais e filhos estão a regressar de férias. Agora é tempo de começar a preparar livros, material escolar, mochilas... Planear os dias, as actividades e as refeições. Mas sem grandes stresses ou ansiedades porque se uns estão entusiasmadíssimos com o regresso às aulas.; outros vão enfrentar uma escola, professores e colegas novos e sentem aquelas borboletazinhas na barriga. Nada mais natural!
Mas é preciso desdramatizar a coisa! Ao contrário do que diz o i, a primeira vez, não é bem uma primeira vez e passo a explicar! Actualmente, a maior parte das escolas, públicas e privadas, organiza dias para os novos alunos conhecerem a escola, seja antes do ano começar ou mesmo no primeiro dia, com actividades onde os miúdos interagem com os outros e com os novos professores.
O papel dos pais é o de sempre: estar na rectaguarda, apoiá-los e incentivá-los a experimentar coisas novas, mesmo que as borboletas voem com mais força de contra as paredes do estômago (dos pais)!
BW

Frente-a-frente: porque é bom viver em democracia

Ao primeiro-ministro não lhe apetecia, mas é bom debater ideias, defendê-las e esclarecê-las quando contestadas pelos adversários.
É isso a democracia. E é isso que se pede nos próximos dias aos senhores que querem comandar os destinos do país. Os frente-a-frente aí estão.
2 Setembro – José Sócrates/ Paulo Portas (TVI)
3 Setembro – Francisco Louçã/Jerónimo de Sousa (SIC)
5 Setembro – José Sócrates/Jerónimo de Sousa (RTP)
6 Setembro – Francisco Louça/Manuela Ferreira Leite (TVI)
7 Setembro – Paulo Portas/Jerónimo de Sousa (SIC)
8 Setembro – José Sócrates/Francisco Louçã (RTP)
9 Setembro – Manuela Ferreira Leite/Jerónimo de Sousa (TVI)
10 Setembro – Paulo Portas/Manuela Ferreira Leite (RTP)
11 Setembro – Paulo Portas/ Francisco Louçã (RTP)
12 Setembro – José Sócrates/Manuela Ferreira Leite (SIC)
Os debates,terão a duração de 45 minutos, à excepção do debate entre José Sócrates/Manuela Ferreira Leite que terá uma hora.
De certeza que a educação fará parte dos temas a desenvolver ou não fossem os professores e os pais um eleitorado sempre a conquistar. A ver só os que apetecer!
BW

Marta Neto - Imagem do Educar em Português



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Catarina e o urso

Catarina e o Urso sem rumo pelo mundo é uma história "non sense", a pensar nos miúdos a partir dos três anos. Para ler em voz alta e mostrar as divertidas ilustrações.
Bom, dizem os pedagogos para trabalhar no pré-escolar.
Não sei se a autora e ilustradora alemã Christiane Pieper pensou no livro com tão nobres objectivos, sei que a editora Kalandraka o publicou há quatro anos, que já somos crescidinhos e que ainda gostamos de imitar as maneiras de andar de Catarina (Josefine no original) e do urso! Sei que há dias que desejavamos andar assim, em passos largos ou a equilibrar grandes objectos na cabeça, sem rumo, pelo mundo fora!
BW

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Prova pública de acesso à categoria de professor titular

Os requisitos formais do trabalho a apresentar na realização da prova pública de acesso à categoria de professor titular estão disponíveis para consulta aqui.
Uma bomba lançada em tempo de férias...

Gripe A e as escolas

Plano de contingência contempla salas de isolamento nas escolas caso haja suspeita de casos de contaminação com o vírus H1n1.
Leia a notícia no Público .

Alex Ponto Com de José Fanha

"Alexandre António, ou melhor, Alex Ponto Com desaparece de casa quando estava a jogar no computador. Os seus amigos e o professor vão à sua procura e também desaparecem. Na verdade, vão parar ao mundo virtual e... Mais não digo, porque este é um livro giro para crianças que gostam de aventuras.", E., 11 anos

"Alex Ponto Com é um rapaz normal, mas um craque a informática. Um dia, Alex está no computador e desaparece... Paulo, o seu melhor amigo, foi investigar o computador de Alex e também desaparece. Mais tarde, acontece o mesmo ao resto do grupo e vivem muitas aventuras. Há uma bruxa malvada, a Maspúcia.", L., 9 anos

"Não sei o que se passa no livro, só sei que eles estão em silêncio e depois desmancham-se a rir, às gargalhadas, para depois regressarem ao silêncio. Por isso, deve ser bom...", mãe, 30 e muitos anos

José Fanha é o autor, João Fanha o ilustrador e a colecção é da Texto Editores. O blogue do autor é este!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Apoiar a AMI no regresso às aulas

No regresso às aulas, a AMI propõe dois produtos escolares solidários: o Kit Salva Livros e a Agenda Escolar 2009/2010.
O Kit Salva-Livros é composto por dez capas plásticas transparentes e adaptáveis aos manuais escolares; um conjunto de autocolantes reaplicáveis e dez etiquetas Disney personalizáveis, adaptando-se a todos os formatos de livros e cadernos até ao tamanho A4.
A ideia original partiu de uma ONG francesa que viu no Kit Salva-Livros uma oportunidade de envolver mão-de-obra de trabalhadores portadores de deficiência e de assegurar uma fonte de receitas adicional. A AMI associou-se a esta cadeia e, ao propor a sua venda em Portugal, beneficia também das receitas da sua venda (1 euro por cada Kit vendido, que tem um preço de 6 euros). Estas serão canalizadas para o projecto de acção social da AMI em Portugal, sobretudo para os EPES, espaços de prevenção da exclusão social que funcionam em alguns centros Porta Amiga.
A AMI lança também a Agenda Escolar AMI 2009/2010, que pretende também ajudar a estimular competências de auto-organização nos alunos. Esta inclui secções para o horário, dados pessoais, contactos, calendário escolar oficial, lista de disciplinas/professores, calendário de testes e avaliações, notas e plano anual.
Por cada agenda vendida ao preço de 6 euros, 1 euro reverte a favor da reabilitação do novo espaço do centro Porta Amiga de Almada. A AMI dispõe de nove Centros Porta Amiga que prestam serviços para satisfazer as necessidades básicas dos indivíduos e desenvolver a autonomia dos cidadãos em risco de exclusão. Em Almada, o centro dá, nomeadamente, apoio a crianças e jovens carenciados da zona desde 1996.
A concepção da Agenda Escolar 2009/2010 só foi possível graças ao apoio da Companhia das Cores e da ilustradora Gisela Miravent Tavares.
Quer o Kit Salva Livros como a Agenda estão à venda nas lojas Auchan, Staples Office Center, em http://www.ami.org.pt/ e na sede da AMI.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Livros irresistíveis

É uma lista de alguns livros para os mais novos, feita por quem os escreve. Alice Vieira, Ana Maria Magalhães, Luísa Fortes da Cunha e Álvaro Magalhães recomendam leituras que prometem agarrar as crianças da primeira à última página, aqui.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

10 minutos com o seu filho

Numa feira do livro encontrei uma colecção da Texto Editora em que vale a pena apostar. Chama-se "10 minutos com o seu filho" e adquiri vários exemplares da mesma, uns de Matemática e outros de Língua Portuguesa, e para várias faixas etárias.

Os do pré-escolar (dos 3 aos 6 anos) estão muitíssimo bem feitos. São, talvez, dos melhores cadernos deste género que já vi para estas idades. Gostei especialmente do que se chama "O país das figuras geométricas" e, no âmbito da língua materna, do intitulado "Uma visita ao museu", ambos para os 3/4 anos.

Os livros desta colecção apresentam sempre uma história muito cativante em 4 ou 5 páginas. Depois surgem alguns exercícios, ao jeito de brincadeira, que exploram o texto, ora na perspectiva dos números, ora na perspectiva da interpretação e, portanto, da língua portuguesa.

Uma óptima forma de, em 10 minutos e cerca de 15 páginas, motivar os mais pequenos para a leitura, escrita ou para a Matemática.
Um projecto da Texto com muita qualidade.

Ana Soares

domingo, 23 de agosto de 2009

Fado...

Espaço infantil na Ikea

Mais uma ida à Ikea. Hesitámos em levar os miúdos, mas em tempo de férias lá achámos que valia a pena arriscar e levá-los connosco às compras. Quando lá chegámos, a mais pequena viu a piscina de bolas do espaço infantil. Ele já a vira umas tantas vezes, mas nunca tinha tido a coragem de dizer que queria lá ir. Desta vez, ao ver que a irmã ficaria com ele, lá pediu para ficarem os dois. Não nos pareceu mal.

As crianças ficam lá no máximo uma hora, gratuitamente. Nós vamos às compras com um beep que toca no caso de ocorrer alguma urgência. As crianças são entregues ao adulto que as lá deixou mediante a apresentação do respectivo BI.

Numa hora, fomos direitinhos ao que procurávamos. Experimentámos, medimos e, em velocidade de cruzeiro, fomos levantar as compras e depois os filhos. Eles estavam contentes a mergulhar no mar de bolas. O mais crescido disse que tinha dado tempo para subir na parede de corda e que ainda tinha visto um bocadinho do filme Monstros e Companhia.

Compras rápidas e eficazes, sem birras e com crianças felizes!

Ana Soares

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Olivia de Ian Falconer

É das minhas personagens infantis preferidas. De cada vez que leio Olivia , de Ian Falconer, revejo os meus filhos e eles também se identificam com aquela porquinha um pouco séria, meio hiperactiva e muito imaginativa.
Depois de um dia cheio de actividades na escola, a mãe pergunta a Olivia como correu e ela limita-se a dizer "bem", numa espécie de monossílabo; tal como o meu filho fazia aos quatro anos e continua a fazê-lo...
Olivia tem alguma dificuldade em adormecer, adora que lhe contem histórias, negoceia o número das que vão ser lidas cada noite e, depois, ainda tem tempo para dar umas cambalhotas na cama; tal como a minha filha!
O seu autor e ilustrador, o norte-americano Ian Falconer inspirou-se na sua sobrinha Olivia para dar corpo a esta personagem. Olivia é desenhada a pretos, cinzentos e a vermelho, a cor que ela adora vestir e despir!
Apesar de estarmos todos mais crescidos continuamos a não resistir.
BW

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ponyo à beira mar

Hayao Miyazaki tem uma nova obra-prima! Chama-se Ponyo à beira mar e é a história de Ponyo, a pequena princesa peixe, que conhece Sosuke, um rapaz de cinco anos. Mas, o pai de Ponyo, um feiticeiro que vive nas profundezas do oceano, condena a amizade e força a princesa a regressar ao fundo do mar. Contudo, Ponyo quer ser humana...
Depois de A Viagem de Chihiro, merecedora de um Oscar, e de O Castelo Andante, é a vez de vermos mais um filme do realizador japonês que continua a fazer desenhos animados à maneira antiga, ou seja, sem recurso às novas tecnologias.
A partir de dia 27, nos cinemas, vamos descobrir se Ponyo à beira mar é (ou não) uma espécie de A Pequena Sereia, em versão japonesa!
Para já, o trailer pode ser visto aqui.



quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MySIGG finalmente à venda em Portugal

É uma garrafa feita de alumínio mas é toda ecológica!
Ou seja, em vez de andarmos o Verão inteiro a comprar garrafas de plástico, a pô-las de lado, para as levarmos para a reciclagem; basta comprar uma MySIGG para cada elemento da família, encher, beber, enxaguar e voltar a encher. E, quando as aulas começarem, pode ir na mochila para a escola ou para o ginásio!
Elas são lindas! Há pró menino, prá menina e prós pais! E já podem ser compradas por cá! E até podemos coleccionar, como os Swatch ou não fosse mais um produto suiço!
BW


PS: Pode parecer mas isto não é publicidade, que nós aqui no Educaremportuguês não recebemos nada da SIGG! É só o partilhar informação útil.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

As aventuras de Mark Twain

As Aventuras de Tom Sawyer fazem parte do imaginário de criança dos adultos com mais de 30 e muitos anos (!) que viam na televisão os desenhos animados do japonês Hiroshi Saitô.

"Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer

Junto ao rio a passear, Tom Sawyer..."





Mark Twain, autor de Tom Sawyer, é considerado o pai da literatura moderna dos EUA. Mas o escritor que morreu em 1910, não se ficou pelas aventuras do rapaz que vivia com a tia Polly perto das margens do rio Mississippi. Depois do sucesso de As Aventuras de Tom Sawyer , Twain escreveu Viagens de Tom Sawyer e Tom Sawyer Detective.
Também Huck, o amigo de Sawyer teve direito a um livro! As Aventuras de Huckleberry Finn.
Outra boa história para quebrar a monotonia das aventuras de Harry Potter e de outros feiticeiros que tanto encantam os adolescentes é O Príncipe e o Pobre, também de Twain.
A Edições Nelson de Matos na sua colecção Biblioteca Juvenil já publicou as aventuras de Sawyer e de Finn.

BW

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os pais ociosos

Foi a leitura deste fim-de-semana e durou uma tarde de conversa de/na praia. Pais preguiçosos educam crianças mais felizes, um artigo do "i".
"The Idle Parent" [O Pai Ocioso], ainda não foi traduzido para português mas é o último livro de um amante da preguiça, o britânico Tom Hodgkinson que defende que os pais podem ser preguiçosos, dormir até tarde e deixar os filhos em paz que estes hão-de desenvencilhar-se, crescer, ser criativos e responsáveis. Dá o exemplo da sua própria família.
O seu manifesto é este, está em inglês porque também eu tive preguiça para o traduzir!
THE MANIFESTO OF THE IDLE PARENT, e eis o que penso sobre cada um dos pontos!
1. We reject the idea that parenting requires hard work Apoiado, aprendemo-lo com o nosso pediatra que disse desde o primeiro dia: quem tem que adaptar-se à família é quem chegou depois e não o contrário!
2.We pledge to leave our children alone Sempre com supervisão, ou seja, nunca estão de facto sozinhos...
3. We reject the rampant consumerism that invades children from the moment they are born Apoiadissimo!
4. We read them poetry and fantastic stories without morals Aliás, como vêem por algumas das escolhas literárias que vou postando! E as crianças não estão traumatizadas.
5. We drink alcohol without guilt Nunca o fizemos, não era agora que o fariamos, mas não deixamos de ter programas só para adultos. É bom que eles saibam que os pais se divertem, vêem outras coisas e que tudo isso é também importante para eles.
6. We reject the inner Puritan O importante é criá-los com os valores certos, o que não é sinónimo de conservadorismo.
7. We don’t waste money on family days out and holidays Por acaso, até gastamos, porque nos dá prazer.
8. An idle parent is a thrifty parent Sim
9. An idle parent is a creative parent Sim
10. We lie in bed for as long as possible Desde que possamos, aos fins-de-semana e nas férias e eles acordam, ficam a brincar ou a ler, podem ir tratar do seu pequeno-almoço e não abrem a televisão. Fantástico, não é?!
11. We try not to interfere Nem sempre é fácil, mas percebemos que é importante para a sua autonomia.
12. We play in the fields and forests Para isso é que temos que gastar dinheiro em férias e fins-de-semana fora, sr. Hodgkinson...
13. We push them into the garden and shut the door so we can clean the house Errado, eles ajudam a arrumar, que só lhes faz bem.
14. We both work as little as possible, particularly when the kids are small Não, porque eles têm que ter a noção da importância do trabalho.
15. Time is more important than money Apoiado, mas o dinheiro ajuda muito a ter tempo de qualidade.
16. Happy mess is better than miserable tidiness Apoiado!
17. Down with school Errado! Só pode dizer isto quem vive no campo, mas em Inglaterra, onde as escolas não são muito doferentes das da cidade.
18. We fill the house with music and merriment Mas de bom gosto, que o gosto também se educa.
19. We reject health and safety guidelines Errado, se queremos que eles cresçam saudáveis, o melhor é cumprir as regras, agora não podemos fazer deles uns mariquinhas, cheios de esquisitices e de manias!
20. We embrace responsibility Sempre.
21. There are many paths Sim, e nós podemos estar completamente errados!
22. More play, less work Para tudo é preciso equilíbrio.
BW

Thalita Rebouças

Que cena, mãe!

Este é o título do mais recente livro da jovem escritora brasileira Thalita Rebouças publicado em Portugal.

Um relato a duas vozes, mãe e filha, do crescimento de Malu (Maria de Lurdes). Os primeiros doze capítulos, um por cada ano de vida, são narrados pela mãe. Estes são, a meu ver, divertidos e adequados q.b. para os leitores mais jovens. O mesmo já não posso dizer dos restantes, até aos 21 anos, que incluem temas como namorados, dormidas destes "lá em casa", festas, e são narrados pela filha.

A jovem autora tem já nove títulos publicados no Brasil e dois em Portugal. A julgar por este, o único que conheço, parece-me que os livros não devem ser lidos sem o olhar atento de mães ou pais.

Um sucesso no nosso país irmão, o Brasil.
Pelo Rio, Curitiba, Niterói, Porto Alegre, Thalita tem andado um pouco por todo o Brasil a divulgar o livro e parece que em breve virá a Portugal...

Ana Soares

domingo, 16 de agosto de 2009

Quero o meu bacio de Tony Ross

A Pequena Princesa é uma menina, entre os dois e os quatro anos, com todos os dilemas próprios da idade, como seja o deixar as fraldas, a chucha ou ter um irmão mais novo!
Ideal para as crianças com a mesma idade que se identificam claramente com os problemas da infanta! E também para os pais que vão aprendendo algumas coisas. Garanto que Quero o Meu Bacio ajudou as crianças lá de casa a deixar as fraldas. Verdade, verdadinha!
O sucesso desta princezinha foi tal que os livros passaram a pequenos filmes. O autor e ilustrador é Tony Ross, publicado pela Editorial Presença.
BW

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Educação sexual nas escolas

Hoje a Plataforma de Resistência Nacional (PRN) - um grupo de pais que se juntou porque "ficaram em alerta vermelho" com a aprovação do projecto-lei que impõe a inclusão obrigatória da educação sexual nas escolas - vai fazer um protesto em Lisboa contra a lei. A concentração é às 17h30, junto à Maternidade Alfredo da Costa e segue para o Ministério da Educação onde a será entregue um manifesto.

O que é que diz a lei contestada?
Que a educação sexual é obrigatória e tem como finalidades (artigo 2.º):
"a) a valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas no desenvolvimento individual, respeitando o pluralismo das concepções existentes na sociedade portuguesa;
b) o desenvolvimento de competências nos jovens que permitam escolhas informadas e seguras no campo da sexualidade;
d) a redução de consequências negativas dos comportamentos sexuais de risco, tais como a gravidez não desejada e as infecções sexualmente transmissíveis;
f) o respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes orientações sexuais;
g) a valorização de uma sexualidade responsável e informada;
h) a promoção da igualdade entre os sexos;
i) o reconhecimento da importância da participação no processo educativo de encarregados de educação, alunos, professores, técnicos de saúde"
As alíneas são 11, mas deixo aqui aquelas que considero mais relevantes.

Para a PNR não há razões para aplicar a lei. Por isso pede que "o nacional-sexualismo deixe de existir, pois nenhum parlamento imporá uma doutrina sexual oficial, a única e de Estado". Quanto aos problemas que surgem devido à falta de informação, a resolução é simples: "Os pais displicentes com os seus filhos serão ajudados pela Segurança Social e não serão pretexto para a expropriação de todos os filhos dos pais esforçados".

Voltemos à lei:
A educação sexual é obrigatória "nos moldes definidos pelo respectivo conselho geral [da escola], ouvidas as associações de estudantes, as associações de pais e os professores" (art. 6.º).
Os pais voltam a ser referidos no art. 11.º que diz:
"1. Os encarregados de educação, os estudantes e as respectivas estruturas representativas devem ter um papel activo na prossecução e concretização das finalidades da presente lei.
2. Os encarregados de educação e respectivas estruturas representativas são informados de todas as actividades curriculares e não curriculares desenvolvidas no âmbito da educação sexual."

Não vejo motivos para contestação quando a lei - cuja aplicação esperamos que seja coerente com o texto - salvaguarda que os pais têm que ser ouvidos. Também não me parece que a Igreja Católica queira abraçar esta luta (pelo menos abertamente). Por exemplo, o Secretariado Nacional da Educação Cristã, tutelada pela Conferência Episcopal Portuguesa, tem publicado alguns livros sobre o tema.

Entre eles está o Guia para a Educação da Sexualidade, de Cristina Sá Carvalho, psicóloga e professora na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. Da bibliografia deste manual fazem parte documentos do magistério da Igreja como as encíclicas papais ou as cartas dos bispos portugueses.

Voltando, outra vez, à lei. Esta prevê ainda a criação de protocolos com organizações não governamentais, "devidamente reconhecidas e especializadas na área, para desenvolvimento de projectos específicos". E estas associações existem, lembro só o Movimento de Defesa da Vida que tem trabalho feito e reconhecido nesta área - para não falar de outras como a Associação para o Planeamento da Família que fazem urticária aos pais da PNR e de outras plataformas semelhantes.
BW

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Up já nos cinemas

É a mais nova aventura da Pixar e, diz quem viu, que é fantástica!
O trailer é o máximo e a crítica também.
A partir de hoje nos cinemas.

(Re)descobrir Roald Dahl

São mais conhecidas as suas obras, adaptadas ao cinema, do que o seu nome. Roald Dahl é um escritor britânico de origem norueguesa e escreveu, entre outros, Charlie e a Fábrica de Chocolate, Matilde, As Bruxas e James e o Pêssego Gigante.

Por cá, os seus títulos têm sido editados pela Terramar, em tudo semelhantes à edição inglesa e com ilustrações de Quentin Blake incluídas!

Os contos de Dahl obedecem à mesma estrutura que os tradicionais, ou seja, as crianças (talvez a partir dos dez anos, antes disso, pode ser mais difícil ler cerca de 200 páginas) não são poupadas aos defeitos, à dor ou ao sofrimento dos personagens. O que é óptimo porque não há nenhum conto que não tenha uma "moral da história".

Vem aí mais um título adaptado ao cinema: O Fantástico Sr. Raposo, que, por agora, pode ser visto aqui!

BW

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Gelados e bolas de Berlim

"Ai, bola de Berlim quentinha! Ó batata frita! Ai, está tudo a estalar!" De bata e touca branca, com o cesto das batatas fritas na mão direita e a caixa dos bolos na esquerda. Era assim que se apresentava a mulher dos bolos na praia. Confesso que não me lembro do seu nome, mas recordo bem o pregão, o saco de pano onde guardava o dinheiro e, sobretudo, a caixa com prateleiras cheias de bolas, pastéis de nata, guardanapos, palmier recheados...
Hoje, a única coisa que se come na praia são os gelados da Olá e da Ben & Jerry's , estes últimos maravilhosos! Portanto, foi com alguma estupefacção que lemos esta notícia, onde se conclui que, em média, cada português come 15 gelados (de pauzinho) por ano. A estatística não foi feita a contar com os gelados, quase diários consumidos pelos meus descendentes, durante os meses de Verão (e por mim...)!
BW
PS: As crianças não são obesas! Aliás, os seus índices de massa corporal são abaixo do ideal. Gastam todas as calorias nas carreirinhas, no bodyboard, nas bicicletas, nas brincadeiras, que isto de estar de férias cansa muito!

Escrita criativa com Pedro Sena-Lino

Tive a sorte de estar entre um grupo de formandos de Pedro Sena-Lino. Conheci, então, o poeta e escritor, autor do romance recentemente publicado pela Porto Editora, 333, no âmbito de uma fantástica formação sobre escrita criativa. Nela, e pela palavra, fui desde uma aspirina a uma sogra ciumenta. Tudo isto com naturalidade. O dinamizador da sessão, director da Companhia do Eu, é ainda o autor do Curso de Escrita Criativa.

Na impossbilidade de participar numa oficina/workshop desta natureza, recomendo esta obra, em dois volumes, editada pela Porto Editora. Uma excelente oportunidade para perder preconceitos relativamente à escrita e se descobrir. Os professores, para além do exercício pessoal de escrita, podem ainda adaptar algumas das propostas deste curso às suas aulas.

Ana Soares

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Amália hoje


Não é fácil ter 24 anos

"Não é fácil ter 24 anos", dizia uma familiar, com licenciatura e mestrado concluidos, na encruzilhada entre o continuar a estudar ou fazer trabalhos menos qualificados para a formação que os pais e o Estado pagaram. Com formação numa área científica, teve sempre excelentes notas, fez Erasmus e estágios em Portugal e no estrangeiro. E se o Governo publicita a importância da ciência no desenvolvimento do país, na prática, pessoas como ela estão à espera que algo de bom aconteça. Entretanto, continuam a responder e a enviar CV para todo o lado, enquanto fazem trabalhos para os quais não precisavam de tantas qualificações.
"Não é fácil ter 24 anos" e os ministros e reitores das universidades continuam a insistir na importância de ter formação superior e atiram com as estatísticas: um desempregado com licenciatura está menos tempo no desemprego do que um sem qualificações. Há tempos, lia um texto de Pedro Adão e Silva que dizia que não é mau ter licenciados em Direito a conduzir táxis. Por mim, prefiro continuar a ser conduzida pelo senhor Alberto, com a quarta classe "bem feita porque no tempo do Salazar é que era bom" e que ainda não se habituou ao GPS e a "essas modernices", do que por um aspirante a jurista, revoltado com a sua sorte.
"Não é fácil ter 24 anos". Sim, não é só em Portugal, mas no resto da Europa também. Senão, como explicar que a União Europeia tenha definido como idade limite os 30 anos para o acesso a iniciativas públicas destinadas aos jovens? Aí está a primeira medida do Governo português: alargar os benefícios do Cartão Jovem dos 25 para os 30 anos. E assim vamos torneando o problema do emprego. Ler aqui.
BW

João, não sejas rufião! Leonor, pede por favor!

"Esta é a história da pequena Leonor.
Uma menina terrível, que nunca pedia por favor.
O que a Leonor queria, tirava sem pedir:
Uma torrada, uma cadeira, um livro para colorir.
A Leonor nunca esperava pela sua vez,
Não pedia por favor nem agradecia.
Ela nunca aprendia..."
in Leonor, pede por favor! (Say please, Louise, na versão original)

"A Rosa, é uma menina muito mentirosa.
Uma vez, a Rosa rasgou a camisola.
- Fui raptada por piratas! - gritou.
De outra vez, a Rosa partiu uma janela.
- Foi um meteorito medonho!
Ainda outra vez, a Rosa encharcou a casa de banho.
- A culpa foi do elefante!"
in Rosa, não sejas mentirosa! (Don't tell lies, Lucy, na versão original)

"O João é um rufião.
Todos os dias na escola, o João bate...tira...puxa...e esfola......
e todos lhe pedem:
- João, não sejas rufião!"
in João, não sejas rufião! (Don't be bully, Billy, na versão original)
A colecção chama-se Comportamento e é publicada pela Texto Editora. São pequenas histórias que chamam a atenção dos mais pequenos para alguns comportamentos que eles conhecem tão bem, seja porque os praticam ou porque são vítimas dos mesmos...
Ficamos à espera do Give that back, Jack e do Don't be greedy, Graham, dos mesmos autores. Phil Roxbee Cox (texto) e Jan McCafferty (ilustração).
BW

Certamente que a esta hora já todos têm as férias mais do que programadas, MAS... pode haver algum percalço de última hora e aqui fica uma sugestão só para os miúdos. A 122 euros por semana (sem almoço), as crianças dos quatro aos dez anos, podem fazer descobertas fabulosas no Museu Nacional do Traje, em Lisboa.
A proposta é descobrir os mistérios que o Parque Monteiro-Mor esconde. "Ficaremos a saber que este parque tem entre as suas árvores uma das espécies vivas mais velhas do mundo. Que o seu jardim botânico é regado com água de uma cisterna com nascente própria. Que o parque é visitado por uma garça-real, guarda-rios, popas, morcegos, entre outros. Enfim vamos descobrir aquilo a que alguns chamam o jardim tradicional português com a coexistência de hortas, de aromáticas, de pomar, de mato e de jardim", propõe a Terramater.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Educação sexual nas escolas em Diário da República

O diploma que estabelece a aplicação da educação sexual nas escolas a partir do próximo ano lectivo foi já publicado em Diário da República. Clique para ler.
Para ler a notícia do Público que resume as suas implicações, clique aqui .

Amália em 1965

sábado, 8 de agosto de 2009

O Diário de um Banana de Jeff Kinney

Greg Heffley é um miúdo que vai começar uma nova fase da sua vida: a entrada para o 2.º ciclo. Está entre a infância e a pré-adolescência, com todas as dúvidas e angústias que os seus pares têm, seja nos EUA ou em Portugal.
O Diário de um Banana de Jeff Kiney , da editora Vogais & Companhia, é uma espécie de diário - Greg recusa-se a chamar-lhe assim e prefere a expressão "livro de memórias" - escrito e ilustrado por um cartoonista.
A ler pelos pré-adolescentes, mas também pelos pais que poderão rever-se em muitas passagens, ou porque lhes lembrará o ambiente da preparatória (hoje 2.º ciclo), ou porque agem como os pais de Greg.
Divertido e óptimo para ler nesta altura do ano, antes que as aulas comecem!

BW

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Livros Digitais

Mais e-books gratuitos. Desta vez é a poderosa Sony que disponibiliza obras que já cairam no domínio público. Leia mais aqui.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Viagem do Elefante

"O elefante, já lho disse no outro dia, é outra coisa, em um elefante há dois elefantes, um que aprende o que se lhe ensina e outro que persiste em ignorar tudo, Como sabes tu disso, Descobri que sou tal e qual o elefante, uma parte de mim aprende, a outra ignora o que a outra parte aprendeu, e tanto mais vai ignorando quanto mais tempo vai vivendo". p. 155

Mais uma viagem com Saramago. Desta vez, para além da história de Portugal (ou da península, melhor dizendo), de mais uma incursão pelo que de melhor e de pior o ser humano tem, encontramos também neste livro uma viagem com um elefante.

História e ficção misturam-se na escrita sublime de Saramago. Um convite irrecusável.

Ana Soares

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

As palavras nascem das imagens

Embora não seja recente, a colecção "olhar um conto" da Quetzal é uma excelente aposta de leitura. Partindo sempre da obra de um artista plástico (José de Guimarães, Graça Morais, Ângelo de Sousa, Paula Rego), as histórias dão voz ao que as imagens sugerem.

O Circo Maravilhoso da Serpente Vermelha, por exemplo, é um conto das conceituadas escritoras infanto-juvenis Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada e parte da obra de José de Guimarães. No final do livro, apresenta-se uma pequena e simplificada biografia do artista, ilustrada com obras várias, e uma apresentação das autoras do texto. Uma colecção em que imagens e palavras vivem em harmonia e que vale a pena conhecer. Para os mais pequenos (a partir dos 6 anos) e para os graúdos também.


Ana Soares

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um dia... por Alison McGhee e Peter H. Reynolds

O traço suave de Peter H. Reynolds é essencial para tornar o texto de Alison McGhee ainda mais bonito e comovente.

Um dia... é aquela prenda que qualque mãe deve deixar de herança à(s) sua(s) filha(s), não importa a idade (nem da mãe, nem da(s) infanta(s)!) e de preferência com uma dedicatória!

Um dia... é uma declaração de amor maternal que se deseja se torne eterno. Lamechas q.b.

Uma pena não haver uma versão para os filhos rapazes... Embora eles não achassem tanta piada como elas!

Da Editorial Presença.
BW

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cebolinha ensina o Acordo Ortográfico

Depois de já vos ter sugerido uma leitura séria sobre o Acordo Ortográfico, proponho hoje uma mais descontraída. Quem é que não se lembra, com ternura, da Turma da Mónica, do Cebolinha e companhia?

Primeiro na perspectiva do português do Brasil e depois na perspectiva do português europeu, com a ajuda do António Alfacinha, estas personagens fazem uma apresentação, com algum detalhe e exemplos, das principais mudanças que vão ocorrer.

As minhas páginas preferidas são as páginas 6, 7 e 8, não que as mesmas sejam muito importantes quanto ao tema do acordo, mas porque resumem a história de Portugal com muita graça.

O mérito desta descoberta não é nosso. É do Revisitar a Educação, a quem damos os parabéns por ter descoberto esta pérola. Deixamo-la também aqui aos nossos leitores, embora reconheçamos que a apresentação contém algumas imprecisões (pois em Portugal "erva" não se escrevia antes do acordo com "h", por exemplo).

Ana Soares
Turma_da_Monica_Reforma_Ortográfica


domingo, 2 de agosto de 2009

A falar como os bebés

João Costa e Ana Lúcia Santos oferecem aos pais uma interessante leitura sobre a linguagem das crianças: A Falar como os Bebés - O Desenvolvimento Linguístico das Crianças. Esta obra, editada pela Caminho, apresenta a teoria inatista do desenvolvimento da linguagem, de Noan Chomsky, que explica o comportamento linguístico dos bebés comparando-o a um processo tão natural como o aprender a andar. Tratando-se de um livro de divulgação, pelo que o mesmo é de leitura muito acessível, apresenta ainda o rigor científico que resulta do facto de os seus autores serem docentes de Linguística.

Um guia que ajuda a perceber o desenvolvimento linguístico das crianças, indicando o que se pode esperar delas, em média, em várias etapas do crescimento (0-4 meses, 1 ano, 2 anos, 3 anos, 4/5 anos), e onde se dão ainda sugestões de jogos e brincadeiras para os adultos desenvolverem com as crianças de forma a potenciar este desenvolvimento natural.
Ana Soares