quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os telemóveis na escola

O governo francês decidiu banir os telemóveis das escolas por motivos de saúde, apesar de não haver estudos que demonstrem que as emissões de radiação dos telemóveis podem ser prejudiciais (aqui)... Não aconselho o Governo português a seguir as pisadas da ministra da Saúde francesa, mas podia avançar com propostas para as aulas de Educação para a Cidadania, para ensinar aos estudantes a usar bem o aparelho, em vez de: gravarem som nas aulas sem autorização dos professores, filmarem aulas sem a mesma permissão, recorrerem ao telemóvel para cabular, filmarem os colegas no recreio ou nas casas-de-banho, a serem esbofeteados ou esmurrados... Sim, eu sei que a tentação é de quer meter todas as educações (sexual, ambiental, rodoviária, etc) nos currículos, mas os acontecimentos dos últimos tempos comprovam que os alunos precisam de ter umas noções sobre como usar o telemóvel, não concordam? Se não, talvez, o melhor seja proibi-los de o utilizar na escola de vez, para bem das suas saúdes, claro!
BW

2 comentários:

  1. Concordo consigo. O telemóvel é, actualmente e com frequência, uma "arma" de bullying. Teremos todos de tentar a regulação do seu uso nos diferentes contextos, incluindo a escola. Este tipo de preocupações não tem que ter "espaço curricular", deve, tão somente, fazer parte da educação.

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  2. Desde há muito que entendo que os alunos devem ser proibidos de usar o telemóvel e só não percebo é, porque estando esta questão regulada no Estatuto do Aluno, pura e simplesmente não se consegue aplicar o determinado.
    Por outro lado, acho que a Escola ou o nosso sistema educativo deveria dar um maior peso à formação cívica/educação para a cidadania nos percursos escolares.
    É importante o Português, a Matemtática, a Física, ou qualquer outra disciplina curricular...mas considero que hoje cada vez mais o percurso escolar de um aluno é afectado pelo comportamento cívico desse aluno e dos que o rodeiam.
    Ora, se os alunos, e os próprios pais, tivessem a consciência de que a disciplina de formação cívica/educação para a cidadania também tem um certo peso para a avaliação final, estou certo de que muita coisa mudaria no estado da (des)educação em que temos vivido.

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